Sob os lemas: “Sem nós o mundo não funciona”, “Sem nós, não há nem produção nem reprodução”, “Queremos parar para parar o mundo” e “Greve para viver, greve para cuidar de nós”, no dia 8 de Março (8M) de 2018 realizamos uma histórica jornada de Greve Geral de 24 horas, operária, de consumo, de cuidados e estudantil, participando ativamente na convocatória que o Movimento Feminista lançava na sociedade.
Milhões de mulheres foram protagonistas, na linha de frente, ocupando os espaços públicos, dando um significativo e irreversível passo adiante no processo de luta por igualdade e emancipação total que nós mulheres viemos construindo ao longo dos anos, até conseguir com que todas as pessoas sejam “socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres” como nós do anarcofeminismo propomos. Durante todo o ano de 2018, ocorreram mobilizações contra a justiça patriarcal, a descriminalização do aborto, contra a violência sexual e, de forma geral, contra as violências machistas. Construindo uma luta internacional e global ininterrupta.
Nesse 8M de 2019, com base na ideologia e nos princípios antipatriarcais, anticapitalistas e antirracista, convocamos uma nova Greve Geral de 24 horas contra todos os abusos do sistema neoliberal, capitalista e patriarcal, baseada em quatro eixos fundamentais:
• Uma Greve Operária que paralise a produção desse sistema explorador que nos escraviza..
• Uma Greve de Consumo que atente contra o elemento essencial ao capitalismo globalizado do século XXI..
• Uma Greve de Cuidados e Trabalho Doméstico para expor a cumplicidade entre capitalismo e patriarcado, unidos para nos subjugar ao trabalho doméstico, reprodutivo e a um papel secundário e submisso.
• Uma Greve Estudantil, junto a esse movimento, que paralise o sistema educacional, responsável por reproduzir o desigual e cruel sistema social no qual nós mulheres sofremos com a violência e o terrorismo machista.
Em 2019, gritaremos em alto e bom som que não vamos tolerar retrocessos nos direitos conquistados pelas mulheres, que não vamos permitir que o patriarcado, camuflado no mais imundo e medieval extremismo político e religioso, siga exercendo sua violência impunemente, no campo do trabalho, econômico e social; que não vamos nos curvar e aceitar pacientemente, sem reagir, os assassinatos e as violências machistas.
O PATRIARCADO VAI CAIR!
Pela igualdade, contra as Violências Machistas e contra a Discriminação no Trabalho
Fonte: http://cgt.org.es/8-de-marzo-de-2019-%C2%A1por-ti-por-nosotras-por-todas-huelga-general
Tradução > Daitoshi
agência de notícias anarquistas-ana
A lua passa pelos pinheiros
e o olhar de súbito detêm
uma outra imóvel lua.
Hokushi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!