Temos vivido nos dias obscuros da história. Durante décadas as pessoas destas terras estiveram cada vez mais oprimida. Temos visto a pobreza, temos visto a guerra, temos visto os que escaparam e sobreviveram à guerra dos Estados, mas são assassinados na guerra do capitalismo ou do patriarcado. Temos visto nossas irmãs torturadas, apunhaladas, assassinadas, arrastadas desnudas, despedaçadas, queimadas vivas. Temos visto nossos filhos esmagados e atropelados, temos visto às Mães do Sábado (Cumartesi Anneleri) pedindo justiça e temos visto os assassinos tratando de silenciar nossas mães, atacando-as ou prendendo-as. Temos afrontado muitas crueldades e resistimos a todas, e resistiremos até o final.
Somos as mulheres destas terras, temos sido testemunhas da queda de muitos Estados, muitos reis e muitos sultões. Enquanto que a história do “homem” se repete, estamos descobrindo e escrevendo outra história, nossa história, a história da rebelião e da resistência. Conhecemos as mulheres que estiveram lutando contra o patriarcado, conhecemos as mulheres com as mãos em suas cadeiras, prontas para apertar seus punhos. Porque somos todas essas mulheres, e enquanto estamos criando outra história, criamos cultura. Uma cultura de empatia, compreensão e solidariedade, excluindo as relações de autoridade e obediência. Uma cultura de responsabilidade, para ter nossas vidas em nossas mãos, sustentando nossa luta por nossa liberdade.
Irmãs, camaradas, nossa luta é a luta dos oprimidos contra os opressores. Qualquer lugar onde aparece a hierarquia de poder, se converte em uma zona de combate. Qualquer momento em que o opressor use as ferramentas da violência, não duvidamos em resistir e contra-atacar. Lutando contra os padrões de autoridade e patriarcado “visíveis” e “invisíveis”, seremos capazes de renovar a revolução desde agora e desde aqui.
Onde quer que estejamos, nos conhecemos e nos entendemos, porque é a mesma luz que brilha em nossos olhos, é o mesmo grito em nossa voz.
Vossa luta e solidariedade nos dá inspiração e força.
Continue com vossa luta, nós o faremos!
Anarşist Kadınlar
Tradução > Sol de Abril
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!