No dia 15 de dezembro de 2018 se constituiu no ESLA-EKO de Carabanchel, Madrid, a Federação de Ateneus e Grupos Libertários de Bairro de Madrid. Seus fins programáticos são: 1) Acumular o conhecimento gerado pela ação diária dos coletivos federados; 2) Estender pelos bairros e pequenas cidades de nosso âmbito territorial as práticas antiautoritárias e autogestionárias na hora de focar nas lutas; 3) Praticar o apoio mútuo entre grupos, reforçando com isso os diferentes projetos e sua extensão; 4) Realização de campanhas conjuntas e 5) Dar respostas coletivas aos problemas concretos que se apresentam na vida cotidiana.
Qualquer grupo que inspire sua ação militante desde postulados assembleários, horizontais, antiautoritários e autogestionários, independentemente da atividade que desenvolve, poderá fazer parte da “Federação”.
Queremos a auto-organização e o confronto. Desejamos a organização através da confluência de estruturas coletivas, participativas e libertárias, onde o conflito possa ser debatido, suavizado e que seja possível o consenso.
Buscamos o confronto com o “sistema”, com suas duas faces da mesma moeda: capitalismo explorador e Estado opressor, para construir um discurso revolucionário, esclarecer posições e fazer do trabalho pedagógico uma dinâmica comum; também para apoiar-nos emocional e materialmente.
Nos negamos a ser elites, vanguardas, comitês permanentes, queremos uma organização que se construa desde baixo, que conflua na ação cidadã, desde os ateneus libertários, dos grupos de bairro, das escolas livres, dos coletivos feministas, dos fóruns permanentes de debate, dos comitês de greve, etc. Para poder ser o fermento que amplia o que ditos organismos de base já estão pondo em prática. Em suma, buscamos dar uma visibilidade o mais ampla possível a todas as frentes que estão abertas nos bairros e nas cidades em que o sindicalismo revolucionário não chega.
Deste modo, compartilhando recursos, experiências, dialogando, criamos organização e com isso fazemos convergir as energias individuais dispersas em núcleos coletivos com uma capacidade de influência que contribua para dar passos para a tão ansiada revolução.
A realidade social que nos cabe viver impede o desenvolvimento de alternativas vivenciais de todo tipo. O Capital, com sua ubiquidade, nos delimita e nos esmaga. Estamos ante o maior acúmulo de poder jamais conhecido pela humanidade, bem organizado, capaz de manipular a cidadania até o ponto de convertê-la em uma massa amorfa de indivíduos mansos. Para combater este “poder” nos organizamos: unidas somos mais fortes.
Quando tivermos os recursos e a força suficientes, será preciso dar-lhes utilidade para impulsionar transformações sociais que impliquem na maior quantidade de pessoas possível. Para isso necessitamos nos dotar de organismos que desde o local, as proximidades, o imediato, saibam integrar-se e coordenar-se com objetivos globais, iluminando o caminho para uma cultura que recupere a solidariedade e o bem comum como pilares dessa nova sociedade que está por nascer; desejamos substituir o individualismo neoliberal reacionário por um coletivismo solidário que humanize nossas relações.
Temos uma tarefa árdua pela frente. Ninguém poderá dizer que não é motivante.
>> Clique aqui para baixar “Acracia nº 0”:
https://drive.google.com/file/d/1RY3MqY6AKOzrTu2oafmC190HtcPfM1u5/view?usp=drive_open
ateneoslibertariosmadrid@riseup.net
Fonte: http://ramgetafe.blogspot.com/2019/03/el-dia-15-de-diciembre-de-2018-se.html
Tradução > Sol de Abril
Conteúdo relacionado:
agência de notícias anarquistas-ana
Por trás da cortina,
o passarinho não vê
que aguardo o seu canto.
Henrique Pimenta
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!