[Espanha] O fascismo não se combate nas urnas. Se combate nas ruas!

Sem auto-organização na rua é totalmente impossível parar o fascismo, o fascismo institucional é tão somente um reflexo de sua hegemonia social na rua e depende diretamente dela para seguir aprofundando seu programa reacionário. Crer que simplesmente pelo fato de votar o fascismo desaparecerá e será derrotado é não ter entendido em absoluto a situação na qual estamos.

O mais perigoso de todo este discurso é que a maior parte das pessoas que está centrando sua “luta contra o fascismo” em pedir o voto para a esquerda, não está fazendo absolutamente nada (em outras ocasiões, inclusive, chega a criminalizar) por fomentar a auto-organização antifascista.

A falsa e simplista ideia de que combater o fascismo é tão fácil como deixar cair uma cédula em uma urna está tendo como consequência uma terrível desmobilização (mais ainda do que já havia) do antifascismo na rua. Esta falta de organização nos deixa atados de pés e mãos e vai ter umas consequências desastrosas no futuro quando nos dermos conta que, como historicamente se demostrou, centrar esforços no âmbito institucional descuidando a rua, trará como resultado que o fascismo siga crescendo cada vez de uma maneira mais exponencial impulsionado por suas bases sociais a cada vez mais desencadeadas nos bairros. Quando o antifascismo quiser reagir já será demasiado tarde ao carecer de uma estrutura que articule a resposta da rua.

Tomemos consciência do difícil e decisivo momento histórico no qual nos encontramos, o fascismo não cai do céu e é a arma que o capitalismo necessita esgrimir para manter-se e só é necessário dar uma olhada no contexto mundial no qual está proliferando por todas as partes sem encontrar resistência. É urgente nos auto-organizarmos desde já em cada bairro, cada distrito, cada localidade a pé de rua criando estruturas organizativas horizontais capazes de enfrentá-los, que envolvam a todas as pessoas que vão estar direta ou indiretamente afetadas pelo fascismo: Aposentados, estudantes, mulheres, pessoas discriminadas, pessoas LGTBIQ+, okupas… esta luta nos afeta a todxs.

Nossos avôs e Durruti já fizeram frente ao fascismo faz 80 anos e o tinham claro:

O fascismo não se discute, se destrói”

Juventudes Libertárias Zaragoza

Tradução > Sol de Abril

>> Nota:

A Espanha terá eleições legislativas no dia 28 de abril.

agência de notícias anarquistas-ana

Noite fria:
O som de uma queda-d’água
Sobre o mar.

Kyokusui