Novidade editorial da La Rosa Negra “Os emissários do nada”. Trata da aparição e o desenvolvimento do niilismo do século XIX na Rússia.
Quem eram os niilistas russos?
Que papel desempenharam na Rússia czarista no século XIX?
Que influência eles tiveram sobre o anarquismo?
Os emissários do nada. A história do niilismo russo limpa estas questões e mostra as diferentes formas que o niilismo tomou em sua breve e intensa existência, num primeiro momento a corrente intelectual e mais tarde um movimento político armado.
O anarquismo sempre teve relações com o niilismo, como é o caso da influência de Proudhon sobre Nowo Sokolov, um dos primeiros teóricos que transpuseram as ideias anarquistas niilistas ao conceito do niilismo russo, rejeitando o Estado e toda a autoridade.
Bakunin estava em contato permanente com os niilistas russos exilados, formando grupos na Suíça, onde participava Sergey Nechayev, coautor junto de Bakunin, do Catecismo Revolucionário.
Além disso, não faltaram niilistas que assimilaram as ideias de Kropotkin, incorporando o comunismo anárquico ao niilismo.
Para essas saudáveis influências teóricas, teríamos que acrescentar uma obsessão niilista em crescer ao longo do século XIX pela violência, o punhal e a bomba. Os ataques contra a polícia, apunhalados até a morte em plena rua, faziam parte de uma cultura de sangue e violência que culminou, após várias tentativas e esforços organizacionais pelo grupo Narodnaya Volya, com o assassinato em 1881 do czar Alexandre II .
No entanto, seria injusto acreditar que o niilismo não era nada mais que terrorismo. Enquanto os niilistas estavam convencidos de que, eliminando o czar, eles seriam capazes de desencadear a instabilidade e o colapso do Estado, eles eram muito mais do que meros terroristas. Eles formaram um pensamento de caráter emancipador que submetia toda suposta certeza à crítica mais severa para ver se poderia resistir a ela, rejeitando, assim, todo a crença infundada, qualquer prejuízo ofuscante, toda a metafísica nebulosa e toda autoridade, procedesse de onde quer que fosse, que tratasse de suprimir o exercício da razão humana.
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Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!