Ajude a construir o Macaz Autonom – um Centro Comunitário
O que é o Macaz?
Nós somos uma cooperativa que funciona como um bar-teatro, baseada nos princípios de autonomia e horizontalidade. Nós definimos nossas próprias condições de trabalho, nossas finanças vem sendo autogeridas e, ao mesmo tempo, temos promovido o desenvolvimento, a organização e a reprodução social de vários grupos grassroots engajados politicamente dentro e ao redor de Bucareste.
O Macaz abriu oficialmente suas portas em 1° de Maio de 2016, como um espaço dedicado à promoção e consolidação da comunidade LGBTQ+, a ativismos diversos e iniciativas autônomas. Guiado por princípios anti-capitalistas, anti-fascistas, feministas e anti-racistas, o Macaz se posiciona a favor daqueles que de outra maneira não poderiam ter um espaço próprio.
Quem somos nós?
Nós somos um grupo de companheiros (as) e amigos (as) que acreditamos fortemente na construção de espaços de trabalho autogestionados, em redes de ajuda mútua e espaços sem fins lucrativos dedicados à justiça social, solidariedade radical e organização comunitária. Da nossa experiência em iniciativas como a FCDL (Frente Única por Direitos à Moradia), Claca (inicialmente um centro social e autônomo confinado dentro da fábrica Pionierul), a Biblioteca Alternativa e a GAP (Jornal de Arte Política), nós temos aprendido que qualquer espaço, incluindo um bar, é direcionado a alguns e limitado para outros. Por essa razão, o Macaz tem sido implacavelmente um espaço com tolerância zero para atitudes racistas, transfóbicas, sexistas e classistas. Enquanto cada um de nós é envolvido em vários movimentos sociais, tanto regionais quanto internacionais, Macaz é o lar onde nós podemos nos expressar, nos educar e prosperar nos nossos próprios termos.
O que temos feito?
Um ponto focal para movimentos sociais radicais e cenas culturais alternativas, o Macaz tem apoiado tanto movimentos políticos grassroots rejeitados em outros lugares, assim como artistas experimentais e engajados politicamente que são marginalizados institucionalmente. Organizado através de um senso de sensibilidade e responsabilidade para com as redondezas, Macaz tem sido uma fonte diária para os nossos vizinhos, organizando e apoiando eventos, discutindo a gentrificação, organização urbana e direito à moradia.
Em três anos…
O Macaz organizou centenas de eventos tais como: dezenas de apresentações teatrais, exibições de filmes políticos, debates a respeito de questões contemporâneas, festas com músicos locais, música manele e DJs, lançamentos de livros, shows de drags, noites de poesia, encontros comunitários, Karaokê Queer, oficinas de Vogue, apresentações de stand-up, shows de punk e eletrônica, performances artísticas e muito mais.
Macaz tem acolhido permanentemente a Biblioteca Alternativa, assim como eventos de grupos como GAP, FCDL, Dysnomia, Hecate, MozaiQ, Mahala, Corp, LeftEast, TransForm, BLOC, E-Romnja e muitos outros. Nós temos acolhido artistas com uma ética de trabalho igualitária, promovendo condições de trabalho democráticas na cena de discoteca local. Nós apoiamos especialmente músicos e DJs que se identificam como mulheres e queer.
A cooperativa Macaz colocou em prática uma estrutura gerida por trabalhadores e com um foco anti-capitalista. O bar tem funcionado sem hierarquias administrativas nem um plano financeiro orientado para o lucro, e através de uma estrutura de cooperativa onde o trabalho vem sendo distribuído igualmente entre os membros e membras. Enquanto modelo de empreendimento autogerido, o Macaz é uma das poucas cooperativas anti-capitalistas no país.
O teatro Macaz se organizou para oferecer um tipo de teatro que é engajado politicamente, alinhado com projetos como a Plataforma de Teatro Político e a Political Art Gazette. Nós temos oferecido a estrutura para grupos de teatro comprometidos em se engajar criticamente com a realidade contemporânea e com o retorno a histórias regionais a partir de perspectivas emancipatórias, como é o caso dos grupos Teatru Spălătorie, Bezna e Giuvlipen. O teatro Macaz têm se organizado artística e tecnicamente através de um modelo horizontal, baseado na solidariedade e na ajuda mútua.
O apoio que o Macaz tem provido para a causa da justiça social e do trabalho político relacionado ao feminismo, anti-racismo e anti-autoritarismo tem permitido que os grupos hospedados cresçam, interajam e influenciem uns aos outros, construindo relações solidárias duráveis e resistentes, tanto local quanto regionalmente.
Estamos nos transformando no Macaz Autonom!
O Bar e Cooperativa de Teatro Macaz vai se tornar o Macaz Autonom.
Aparentemente não só o amor dura por três anos, mas também os contratos de aluguel.
No dia 22 de Junho Macaz está dando adeus à rua Mosilor, 106. O espaço deixará de ser o que era, pelo menos por enquanto. O projeto da Cooperativa de Teatro Macaz terá que sair e se transformará em algo mais.
De uma cooperativa de trabalhadores ele assumirá uma nova forma: a de um centro social autônomo.
Do espaço amplo e aberto da Mosilor 106, vamos nos mudar para uma casa com 3 cômodos, 2 coberturas e um porão, onde planejamos fazer acontecer ambas as atividades do Macaz, assim como as de outros grupos militantes.
O Macaz Autonom será um centro social horizontal, autogerido, não-hierárquico e sem atividades comerciais.
O Macaz Autonom será um espaço comunitário organizado a partir de princípios feministas, queer, anti-racistas e anti-capitalistas.
O Macaz Autonom será um espaço de educação crítica, atividades comunitárias, debates políticos e iniciativas de organização ativista.
O Macaz Autonom irá abrigar grupos de ativistas, artistas e iniciativas comunitárias grassroots.
No seu novo local, o Macaz Autonom vai oferecer um espaço seguro e comunitário feminista, queer e anti-racista. O novo espaço vai incluir, dentre as suas atividades permanentes: a Biblioteca Alternativa, exibição de filmes políticos, debates em tópicos sociopolíticos, almoços e jantas comunitárias, freeshops e apresentações musicais, ao mesmo tempo provendo espaço para ensaios e iniciativas comunitárias de diversos grupos ativistas.
Nós precisamos do seu apoio!
Mudar para uma nova localidade sempre necessita de muitos recursos. A comunidade ao redor do Macaz vai nos ajudar com trabalho voluntário, mas nós também precisamos de recursos financeiros para realizar todo o processo.
Adicionalmente, já que o Macaz Autonom não vai incluir atividades comerciais (o bar), nós estamos trabalhando em um esquema de suporte comunitário direto, com o objetivo de cobrir nossos custos mensais.
O dinheiro que estamos recolhendo vai ser usado para:
Estruturar um espaço de ensaios (o porão) para que possamos oferecer um espaço aconchegante e acolhedor para grupos independentes de teatro político. Isso inclui: Ar Condicionado, ventilação, paredes de gesso, construção de um novo piso, radiadores e aquecedores, etc.
Arrumar a cobertura (restauração do piso, isolamento) – espaço dedicado para a Biblioteca Alternativa, eventos comunitários, exibições de filmes e debates.
Equipar os espaços comunitários, incluindo a cozinha e o espaço externo.
Isolamento sonoro e térmico de parte das superfícies.
Calibração do sistema elétrico como um todo para as novas demandas do espaço.
Construir um banheiro no quintal.
Cobrir o aluguel pelos nossos primeiros meses.
O que você recebe em troca, para além da nossa gratidão?
A Comunidade Ampliada do Macaz e do coletivo que vai manejar o espaço vão ser eternamente gratas pelo apoio! Nós acreditamos em crescimento comunitário permanente, então ficaríamos felizes em apoiá-lo de volta oferecendo nossos novos (e antigos) recursos para seus projetos! Se por outro lado você é do tipo que gosta de brindes, veja as recompensas que você receberá na nossa página da campanha de financiamento coletivo!
>> Se você deseja nos apoiar, o link da campanha é esse:
https://www.indiegogo.com/projects/macaz-autonom-community-center-in-bucharest#/
Tradução > Ruídos da Natureza
agência de notícias anarquistas-ana
um dia a casa cai
e nasce dos seus escombros
um novo haikai.
José Carlos de Souza
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!