Vamos (Re)contar uma história da pedagogia!

O Movimento Estudantil de Pedagogia (MEPe) completará 39 anos de luta, independência e combatividade, mas é uma tela política.

Fomos responsáveis por ocupações, greves, discussões sobre espaços “democráticos”, entre outras lutas do nosso curso e da sociedade.

Entre os anos de 2004 e 2006, o MEPe rompeu com a União Nacional dos Estudantes (UNE), devido, por um lado, ao seu posicionamento de conciliação com o governo petista, e por outro, por trair a luta radicalizada dos estudantes contra o projeto das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Isso foi um marco para repensar o movimento de área de base e de forma autônoma.

Porém, o MEPe sempre foi um espaço plural e discussões éticas, o que pairava entre debates, contra o governismo, oportunismo e práticas de cooptação até então realizadas, especialmente, pela UNE.

Mas em 2015, um movimento denominado Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), começou a se apropriar dos espaços da Executiva da Pedagogia querendo colocar somente seu programa político maoista nos encontros, eventos, espaços virtuais que pertenciam ao Movimento de Pedagogia.

Após muitas denúncias acerca do autoritarismo deste grupo, no ano de 2017, na plenária final do 37° ENEPe, feito em Petrolina-PE, o MEPR perde a próxima sede do ENEPe. Portanto, a plenária final com a presença massiva dos estudantes, aprovou o 38° ENEPe para ser realizado em Maceió-AL, dos dias 3 a 10 de Junho de 2018.

No Encontro Alagoano de Estudantes de Pedagogia, em Maceió, em 2018, este grupo se organizou para acabar com o referido evento. Ou melhor, para serem executiva alagoana.

Matrículas à distância para poder votar, pessoas de fora a fim de intimidar, gritos contra gestantes, cartazes do encontro foram rasgados bem como ocorreram agressões físicas de homens contra as companheiras de Alagoas.

Entretanto, não conseguiram intimidar os estudantes alagoanos. O MEPR foi expulso do encontro, os estudantes alagoanos levaram a pauta para o 38° ENEPe-Alagoas, que foi realizado na UFAL, em 2018. De acordo com o estatuto, tal movimento foi expulso por suas práticas autoritárias e opressoras.

RESUMO:

A mesma organização propaga uma executiva falsa, eventos falsos e preocupa-se em cooptar, sobretudo, os calouros/as. Neste ano, 2019, o ENEPe do MEPR será na UNIFESP- Guarulhos-SP.

Enquanto tivermos voz, não vamos esquecer e não vamos deixar de denunciar.

>> Leia mais em:

http://39enepe.com/sobre-o-mepe-exnepe/?fbclid=IwAR2mD0SPrsUeoJVHzMv_PHMfuIvHIL9WgcbP7fhRW2Q-Z4UpFkwf8_CYRrc#content-content-inner

agência de notícias anarquistas-ana

Na noite sem lua
o mar todo negro
se oferece em espuma

Eugénia Tabosa