A Editora Elefante e o Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP trazem a historiadora estadunidense Martha A. Ackelsberg para uma mesa-redonda sobre pensamento libertário e pesquisa acadêmica sobre gênero em São Paulo, no marco da turnê de oficinas, debates e lançamento do livro “Mulheres Livres: a luta pela emancipação feminina e a Guerra Civil Espanhola”.
19/08, 14h
Mesa-redonda “Mulheres livres: uma raiz do pensamento libertário sobre gênero. Desafios da pesquisa acadêmica sobre gênero”
Com Martha A. Ackelsberg, Margareth Rago, Ivan Martín e Stella Franco
Mediação: Júlia Rabahie
Anfiteatro Nicolau Sevcenko, Departamento de História, FFLCH-USP, São Paulo-SP
Sobre o livro
“Mulheres Livres” conta a história de militantes anarquistas que, às vésperas da Guerra Civil Espanhola, decidiram montar uma organização composta por mulheres e para as mulheres. Elas defendiam que o processo revolucionário desencadeado pelos trabalhadores em resposta ao levante fascista de Francisco Franco, em 1936, deveria promover uma mudança radical na realidade dos espanhóis — o que incluía uma grande transformação na vida das mulheres, que amargavam o analfabetismo e uma extrema dependência da figura masculina. Nesta obra, Martha A. Ackelsberg expõe a formação, os desdobramentos e as dificuldades enfrentadas pela Federação Mulheres Livres — uma das experiências de emancipação feminina mais significativas do século XX. O resultado é um livro que explica como esse grupo lutou ao lado de outras organizações populares pela revolução libertária nos anos 1930, trazendo reflexões extremamente úteis para os desafios do movimento feminista na atualidade.
Sobre a autora
Martha Ackelsberg é professora emérita de política e estudos de gênero do Smith College em Northampton, Massachusetts, nos Estados Unidos, onde lecionou em cursos sobre política urbana, participação política, teoria feminista, teoria democrática e anarquismo. Foi muito ativa nos primeiros anos do movimento estadunidense de liberação das mulheres, envolvendo-se particularmente em questões de saúde da mulher e na transformação feminista do judaísmo. Além de “Mulheres Livres”, que antes de ganhar uma edição brasileira já havia sido traduzido para francês, grego, italiano e espanhol, é autora de “Resisting Citizenship: Feminist Essays on Politics, Community and Democracy” [Cidadania de resistência: ensaios feministas sobre política, comunidade e democracia] (Routledge, 2009), além de vários artigos sobre ativismo feminista nos Estados Unidos, na Espanha e na América Latina; anarquismo, gênero e políticas públicas; as compreensões de família e casamento gay; política, espiritualidade e o lugar das mulheres e dos LGBTQ nas comunidades judaicas. Atualmente, está aposentada e mora em Nova York.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!