– Alguns de nós seguimos no acampamento de Schisto, ainda sem um lugar para ficarmos. Fomos transferidos para cá e tentaram nos levar a um acampamento próximo de Tessalônica, mas recusamos. Durante 6 dias estivemos dormindo fora, exigindo um lugar em Atenas para ficar já que toda nossa vida está aqui durante 2 anos, nossas crianças estão indo à escola, e alguns de nós estamos trabalhando. Agora nos disseram que não temos mais um lugar no acampamento em Tessalônica, mas de toda maneira querem nos tirar e nos ameaçaram de que se não sairmos vão chamar a polícia para fazer-nos sair pela força. Estamos doentes e cansados da situação, mas ainda estamos resistindo.
– No acampamento de Eleonas não estamos muito melhor. Nos deram meio contêiner para 8 pessoas, onde estamos amontoados como animais em uma granja. Além disso, alguns de nós temos uma frágil condição de saúde que requer atenção médica contínua, e isso não está acontecendo desde que nos mudaram para cá.
– Nós que estamos no acampamento de Skaramagas temos um lugar, mas perdemos nossa liberdade de ir e vir. Em primeiro lugar não nos deixaram sair e depois nos deixaram ir só temporariamente, sob restrições de horário.
– Para nós que “aceitamos” um lugar em um acampamento no norte, ainda o estamos esperando em um albergue em Tessalônica. Estamos isolados e muito longe de todos os que conhecemos, e para torná-lo ainda pior nos informaram que nossos casos permanecerão em Atenas e a partir de agora teremos que ir para lá a cada entrevista por nossos próprios meios.
– O resto de nós, que deixamos os acampamentos para voltar a nosso bairro, encontramos lugar em outras okupas e lugares auto-organizados, que nos mostraram sua solidariedade ativa. No entanto, depois do que aconteceu faz uma semana, estamos temendo que vamos ser desalojados mais uma vez. Temos medo por nossas vidas e nossa liberdade e alguns de nós optamos por permanecer nas ruas para evitar sermos perseguidos e presos mais uma vez.
Eles trataram de dividir-nos e separar-nos, mas seguimos lutando juntos, mantendo-nos em constante comunicação. Destruíram nossa casa, mas a família que criamos na comunidade de Trikoupi permanece unida.
Contra sua repressão, a solidariedade é a nossa arma e a nossa resposta!
Spirou Trikoupi 17
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
As folhas secas
caem com a ventania
sobre o riacho
Antonio Malta Mitori
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!