A causa da mudança climática é o modo de produção e crescimento capitalista, seja este neoliberal ou de Estado. Ser conscientes do que está em jogo supõe enfrentar-nos com uma realidade na qual todas estamos implicadas, umas com mais responsabilidade que outras, certamente.
A estas alturas do século XXI, o grau de destruição do equilíbrio meio ambiental é tão grande, que faz com que a catástrofe climática seja incontrolável, desconhecendo as características concretas que a definirão. Nós nem ninguém pode deter já o colapso que vem; isso faz com que tenhamos muitas tarefas pela frente para executar nos próximos anos.
O Estado e o Capital, enquanto isso, permanecem na expectativa, avaliando as possibilidades de negócio que a situação possa produzir. É mais que provável que atuem de duas maneiras: uma, socializando os custos de adaptação à situação, maximizando benefícios; e a segunda, aplicando um ecofascismo planetário. Para o Capital, em última instância, a crise climática não é mais que outra oportunidade de negócio.
Se o sistema de produção capitalista, em qualquer de suas apresentações, é o responsável último do desastre ecológico; se, igualmente, este parece incontrolável, e o Estado com toda probabilidade vai aplicar o ecofascismo como ferramenta de equilíbrio social, há que lutar desde hoje mesmo para acabar com o capitalismo e com o Estado, garantia de seu funcionamento. É necessária uma revolução desde baixo, em todos os níveis, que cimente formas alternativas de viver, longe da destruição do meio e das relações de dominação. Se não podemos deter o desastre ao menos podemos aproveitá-lo para levantar uma nova sociedade.
Geralmente, se afirma que eliminada a causa desaparece o problema originado pela mesma. No caso da crise climática, acabar com o capitalismo e o Estado não vai ser suficiente para garantir uma sobrevivência digna; é imprescindível preparar-nos para o pós-colapso meio ambiental e social que está em andamento. Como o fazemos? Gerando estruturas de subsistência baseadas na autossuficiência, na solidariedade e no apoio mútuo, sempre respeitosos com o equilíbrio dos ecossistemas. Nosso trabalho como anarquistas tem que ser dirigido em várias frentes; uma diretamente contra a causa do mal; outra, impulsionar a conscientização da maior quantidade de pessoas possível sobre a emergência na qual vamos viver a curto prazo, assim como da necessidade de organizar-se para que o pós-colapso seja o mais suportável e construtivo possível; a terceira frente iria encaminhando para levantar uma sociedade paralela a atual, a imagem e semelhança da que virá depois quando o sistema capitalista se torne poroso e se desintegre. A batalha começa agora.
A Federação Libertária de Madrid apoia as mobilizações que vão se realizar em 27 de setembro sob o título “Greve Mundial pelo clima”.
LUTAR CONTRA O CAPITAL E O ESTADO É LUTAR PELO EQUILÍBRIO ECOLÓGICO E A VIDA PLANETÁRIA.
>> Para baixar a publicação (N° 51), clique aqui:
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Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Ao deixar o portão
Do templo zen,
Uma noite estrelada!
Shiki
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!