Assim que caiu a noite, centenas de antifascistas se manifestaram pelo centro da capital. Comemorando os 30 anos da Coordenação Antifascista de Madrid (CAM), fecham assim as jornadas que organizaram com diferentes atos, palestras e convocatórias desde princípios de novembro. O dispositivo policial, que constava de umas seis furgonetas de antidistúrbios, não teve que atuar em nenhum momento já que um forte cordão de segurança próprio velou pela segurança dos participantes.
Alguns cânticos já conhecidos neste tipo de marchas foram a tônica geral durante todo o percurso. Lemas como “No Pasarán” ou “Madrid será o túmulo do fascismo” evocaram essas mensagens que durante a Guerra Civil se internacionalizaram. Um fato marcante foi a parada que realizaram em frente ao monumento dos ‘Advogados de Atocha’, em Antón Martín, onde guardaram um minuto de silêncio em recordação dos advogados trabalhistas assassinados nas mãos de um bando de extrema-direita durante a Transição. Ademais, aí apareceram as primeiras chamas [fogos de artifício], algo que tornou a acontecer em Tirso de Molina, onde terminou a manifestação.
Ao término da mobilização, a Coordenação leu um manifesto no qual denunciou que o franquismo continua presente na atualidade e que isto se demonstra na figura do rei emérito, da Constituição de 78 ou “da criação da Audiência Nacional com umas atribuições similares às do Tribunal de Ordem Pública” que regia na ditadura.
Do mesmo modo, também se referiram à recente exumação de Franco, a qual consideram como “uma ação do Governo para atrair os setores mais progressistas da sociedade mas que realmente, em lugar de significar uma reparação às vítimas, terminaram com uma exaltação” do regime totalitário, tal e como descreveram desde a CAM. Às 20h30 da noite desconvocaram a manifestação repetindo “Madrid será o túmulo do fascismo”.
Tradução > Sol de Abril
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Caem no telhado
gotas de chuva ritmadas:
fresca batucada.
Ronaldo Bomfim
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!