13 de dezembro de 2019
BELA VIOLÊNCIA ANTIPOLICIAL!
Hoje é 13 do 12, e o chamado era para celebrá-lo com tudo, as siglas ACAB e os insultos aos esbirros se reiteram em cada rincão da cidade.
Na nona sexta-feira de Revolta Social quinhentas mil pessoas se aglomeram na Praça da Dignidade.
É impressionante a presença anárquica, hoje é mais notória que nunca. Panfletos, gritos, música, bandeiras e faixas com influência ácrata estão por todos os lados. É realmente bonito como os antiautoritários deixam sua marca, realizando na prática uma ocupação territorial propagandística.
Nos focos de enfrentamentos se consegue fazer retroceder os esbirros, encurralando-os fora da igreja Castrense. Vizinhas solidárias de La Victoria oferecem refrescos e alimentos aos combatentes.
Junto com os distúrbios se produz um ataque incendiário a dependências de um hotel, incluído um veículo (este é o mesmo hotel que facilitou suas instalações para que o milico da CNI (Central Nacional de Informaciones), Álvaro Corvalán, lançasse seu livro).
Um grupo de afinidade anarquista distribui centenas de caderninhos do texto insurrecional “Ai ferri corti” entre os encapuzados da linha de frente.
Frente ao monumento à polícia também há enfrentamentos, de improviso uma gargalhada corta o ar como um raio… Soa forte o hino insurrecional interpretado pela “Banda Bonnot”, encapuzados lançam fogos de artifício e pedras aos esbirros. A voz do “Punky Mauri” nos emociona e cantamos a todo pulmão… na estrofe de “se aprontam as bombas” uma chuva de artefatos incendiários corta o ar para o braço armado do capital. Inesquecível momento!
Horas antes uma marcha pela liberdade dos prisioneiros da Revolta organizada pelo Comitê 18 de Outubro avança e se abre passagem desde o GAM até o monumento a Baquedano.
Em outro ponto da manifestação se instala um cenário onde cantam “Los Bunkers”.
Com vários alto-falantes instalados nas janelas de um edifício da “zona zero” começa suas transmissões a “Radio Plaza da Dignidad”.
Na noite “guarimberos” venezuelanos golpeiam e apunhalam manifestantes no Bairro Bellavista, os fascistas são principalmente guardas e garçons do restaurante Harvard.
Atacam com bombas de ruído, pintura, fogos de artifício e pedras a casa de um policial em Peñalolen.
Em Antofagasta desconhecidos irrompem na basílica destruindo figuras religiosas e mobiliário. Deixam pichados o símbolo do caos e um A na bola.
Atentado incendiário a uma empresa automotiva em Melipilla culmina com vários veículos calcinados, em Osorno formalizam uma mulher por cegar com um ponteiro laser a um condutor de uma patrulha policial.
Em Concepción encapuzados obrigam os esbirros a se retirar, que se queixam amargamente pela restrição de não poder misturar químicos no líquido do blindado lança águas.
Em San Antonio liberam o canal do Rio Maipo destruindo um dique que impedia seu avanço natural.
Em Cerro Navia vizinhos auto-organizados ocupam ilegalmente um terreno para construir suas moradias, a tomada tem por nome “Macarena Valdés”.
Desconhecidos tomam a sede do Partido Radical.
Em frente ao Palácio de Governo 14 pessoas chegam a uma patética manifestação em apoio à polícia.
Chamados à Assembleias Anarquistas em Valparaíso e BioBio, em Santiago começa a se preparar um Congresso Anárquico para princípios de janeiro.
Antiautoritários chamam a não utilizar as ferramentas do poder para solucionar nossos problemas, “Se as eleições solucionassem algo já estariam proibidas” enfatizam.
A multiplicar as instâncias de propaganda, organização e ação! Dancemos o rock da linha de frente… QUE SE NOTE QUE ESTÁS PRESENTE!
N.T.
Tradução > Sol de Abril
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agência de notícias anarquistas-ana
Gotas ao chão
Tudo escurece
Solidão
Silvia Avila
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!