Memória Combativa. Uma Expropriação Anarquista na Rua da Praia. Porto Alegre 1911

“O anarquista é a ação direta. É aquele homem em quem mais as ideias se fazem atos. Ama a anarquia e crê que o melhor modo de fazê-la amar pelos outros é atuando o anarquismo.

Sabe também uma coisa: que é um tipo todavia minoritário, de posição quase sempre oposta a das maiorias. E que isto não há de trazê-lo nem a glória nem o respeito que a outros seres excepcionais, gênios ou santos, os trazem; senão o escárnio e a morte por rebelde ou herege. Porque ele não está por cima nem a margem dos conflitos sociais, senão na viva entranha de todos. E está com sua ação direta.” – Rodolfo Gonzalez Pacheco

A mão armada expropriadora anarquista

A permanente busca por anarquia impulsiona a múltiplas formas de ação. Abrindo caminhos, dando uma resposta, afirmando princípios, espalhando a semente, dando vida as ideias transformando-as em um sem fim de iniciativas sempre em conflito com as amarras da liberdade, a autoridade.

Seres indomáveis abandonam as normas e convenções sociais que enquadram o sentir, o viver, que impõem a miséria, a cidadania (súdito do estado), o pensamento normativo guiado pelas leis dos ricos, a concepção de justiça, fronteiras. Sentem no latir de seus sentidos que a liberdade é elemento base da manifestação da vida assentada na caótica busca pelo equilíbrio e neste afã se encontram os anarquistas chocando-se aqui e ali contra os tentáculos da dominação, contra tudo que atente contra a liberdade e o equilíbrio do fluxo da vida negando-se a ser cúmplice da engrenagem da máquina.

Bancos, casas de câmbio, malotes de pagamento, dinheiro! O que é o dinheiro se não suor, sangue, esforço, força roubada que num passe de ilusionismo é transmutada em papel moeda. Um papel imundo que insiste em se impor resumindo nossas vidas. O dinheiro nasce da exploração e é por isso que ele está nas mãos dos pretensos donos da vida, guarnecidos por aparatos repressivos, justificado pelas leis, pelas vozes das rádios, televisões e jornais, abençoado por padres e pastores, em seu conjunto todos cultuam o dinheiro, a exploração, a defendem, com ela engordam, são o império do dinheiro e seus lacaios, patrocinadores do desequilíbrio, do desastre.

Frente a um alucinante saque intermitente de terras, povos e suas forças, os desafios contra o império do dinheiro (capitalismo) e toda dominação são inúmeros, ousados; os revoltosos, indomáveis, insubordinados, teimosos, subversivos, anárquicos, travam uma luta sem fim, sem trégua e em curso.

Há dentro das múltiplas iniciativas anarquistas, que eclodem espontâneas e sem parar, aquelas que respeitam os parâmetros legais e justamente por procurar que viva a anarquia há também expressões anarquistas que não se baseiam dentro das possibilidades legais para sua ação e frente ao constante roubo da vida, das terras, do saque generalizado pelo império do dinheiro, do domínio, do poder, sentem ser razoável trata-los a gritos de bombas e tiros, incendiar seus redutos, sequestra-los, expropria-los, liquida-los.

A expropriação esta constantemente nesta agitação. Praticada e debatida muitas vezes nos meios anarquistas com ferozes companheiros que na ação traumatizaram a memória da burguesia; Ravachol, Marius Jacob e os “Trabalhadores da Noite”, o Bando Bonnot, Severino di Giovani e tantos outros companheiros que mantiveram sua mão armada, solidária e expropriadora em ambas as margens do Rio da Prata (Buenos Aires e Montevidéu), Buenaventura Durruti, os Maquis[2] , Lúcio Urtubia[3] , o bando anarquista que expropriou a produtora do barão da TV argentina, Tinelli, em 2006, Claudio Lavazza, Liza, prática que atravessou os tempos, são companheiros de dois séculos atrás aos que hoje seguem em pé de luta.

“Vocês parados devem agarrar o que lhes falta e devem andar armados. O trabalhador deve deixar de oferecer seus músculos para acumular a riqueza dos outros e deve atacar a propriedade. Os camponeses devem tomar a terra, saquear os bosques dos proprietários. Há outros meios de luta? Não!” – Folheto anarquista anônimo de 1904 difundido clandestinamente aos milhares no sul da Rússia[4].

Anarquistas “russos”

Vida intensa vivida “Ai Ferri i Corti”[5]  pelos anarquistas destas vastas regiões dominadas pelo império czarista em fins do século XIX e inicio do século XX. Uma proposta e prática que se destacou foi o enfrentamento contra toda autoridade, atacando sem tréguas a burguesia, os policiais e agentes governamentais do império czarista tornando-se uma permanente tormenta nos primeiros anos dos mil e novecentos. Trilhando uma abundante trajetória de confrontação contra o poder, o estado, o capital[6].

Presos, os inimigos do czarismo eram desterrados para Sibéria com sentenças de trabalhos forçados. Muitos condenados a morte e executados. Protagonizaram muitas fugas das prisões, formaram comunidades de anarquistas “russos” exilados que publicavam jornais e sempre facilitaram meios para entrar no Império Czarista literatura clandestina anarquista, armas e dinamite.

Estes jornais circulavam pelo mundo todo onde existisse exilados do czarismo: Argentina, Uruguai, Canadá, EUA e também no interior do sul do Brasil em uma comunidade de imigrantes anarquistas ucranianos na localidade de Erebango, chegavam estas palavras gritando viva a anarquia.

A perseguição aos anarquistas que já era sistemática dentro do império czarista após as agitações insurrecionais de 1905 avolumasse. Nos anos seguintes os anarquistas não se amedrontam e são severamente perseguidos resultando em mais prisões, mortes em enfrentamentos, execuções, exílios.

Espalham-se pelo mundo, não por casualidade, anarquistas foragidos e perseguidos pelas garras do czar. Em Buenos Aires desembarca em 1908 o jovem prófugo anarquista Simon Radowitzky, que em resposta ao assassinato de quase uma dezena de anarquistas durante os protestos do 1º de Maio de 1909, logra em 14 de novembro daquele ano, liquidar com o carrasco coronel Ramón Falcón, comandante da operação repressiva[7] , com uma bomba arremessada em sua carruagem resolvendo a vida de um fiel carrasco do mesmo modo que se resolvia em Yekaterinoslav cidade ucraniana onde se fez anarquista e teve que evadir-se[8].

Londres foi outra cidade onde recebeu uma significativa comunidade de exilados de distintas nacionalidades; letões, lituanos, ucranianos, poloneses, georgianos, bielorrussos, todos considerados exilados “russos” por se exilarem do poder do império czarista, sua polícia política (ocrana), os cossacos, os progroms, a execução, a Sibéria. A ação e vida do anarquista não reconhece nacionalidades, fronteiras estatais e também não perde suas raízes.

Em dezembro de 1910 um roubo a uma joalheria estava em andamento em Londres. Orquestrado por anarquistas “russos” que haviam alugado duas casas coladas com uma joalheria e trabalhavam em abrir um caminho para o cofre da joalheria quando são surpreendidos pela polícia. Reagem matando três policiais e ferindo outros gravemente. Abrindo caminho da fuga um expropriador é ferido e morre, sua morte é detectada pela polícia encontrando seu corpo na casa de uma companheira que o havia ajudado sendo ela presa.

Com o corpo do anarquista em mãos a polícia o fotografa, produz cartazes com sua foto e clama pela caguetagem dos bons cidadãos. A onda repressiva voltasse contra revolucionários exilados “russos”. A delação dá frutos levando a polícia a anarquistas que são presos e acusados de matarem os policiais, Nina Vassilleva, Dubov, Peters e Federov. A caguetagem segue, o dedo fica duro e aponta para o n.100 da Rua Sidney. Lá a polícia é recebida com tiro no peito, recua e após horas de tiroteio, os anarquistas estavam bem armados e com farta munição, em apuros a polícia pede auxilio ao exército o qual para vencer a batalha apela para a artilharia. Após sete horas de cerco com a casa em chamas as forças repressivas sentem que venceram, entram na casa, uma parede cai e mata um inspetor, ferindo ainda outros agentes da ordem, nos escombros são achados os dois corpos dos anarquistas que lutaram até o final de sua existência.

Todos presos acusados da tentativa de roubo e assassinato dos policiais são soltos em maio de 1911 e correm o mundo… Meses depois em Porto Alegre anarquistas “russos”, recém chegados, expropriam uma casa de câmbio no centro da cidade.

“E se necessitava-se de dinheiro para o movimento ninguém montava festas de bailes e coletas entre os companheiros … A doação generosa de algumas centenas ou milhares de rublos obtinha-se de um próximo capitalista judeu persuadido com a pistola apontada a sua cabeça.”  – Nas memórias de Max Nacht[9]

Uma expropriação anarquista na Rua da Praia

Em uma manhã de terça-feira, dia 5 de setembro de 1911, por volta das 8:30hs, é avistado por transeuntes um moço de boné e revólver em punho em frente a uma casa de câmbio em plena Rua da Praia n.210, coração cêntrico da cidade. No interior da casa de câmbio outros três expropriadores com o funcionário rendido dão início a recolherem os valores. Estampidos de tiros são ouvidos vindos do interior da casa de câmbio chamando a atenção do despertar do vai e vem das ruas do centro. Com uma reação inesperada do funcionário, que também era um “pacato” tenente da Guarda Nacional, leva três tiros, gravemente ferido dias depois muda de endereço vindo a morar definitivamente no cemitério São Miguel e Almas.

A expropriação toma um ritmo acelerado carregando relógios e correntes de ouro, libras esterlinas, pesos argentinos, liras italianas… Na rua a casa de câmbio estava já rodeada de populares, começa a gritaria, os quatro “apaches”[10]  abrem seu caminho a bala portando pistolas browning e revólver sendo coagidos e perseguidos pela multidão. Um “carro de praça” é tomado a força pelo bando audacioso em fuga, atirando na direção do cocheiro, que é expulso da boleia. Vão pela Rua Voluntários da Pátria até a Rua da Conceição onde se chocam com uma carroça morrendo um dos cavalos. Seguindo a fuga os expropriadores param e tomam o bonde nº35 que chegava ao centro, vindo do Bairro Navegantes. Com o motorneiro rendido põe o bonde no caminho de volta ao bairro, na esquina da Rua do Parque o bonde descarrilha. Os fugitivos embarcam em uma carroça de leite que passava, rumando até o fim da área urbana, culminando na boca da mata da Floresta do Gravathay.

A cidade entra em alvoroço! Ações assim onde a mão armada expropriadora atuasse a luz do dia com tamanha audácia e ferocidade, diferente de hoje, não ocorriam por estas épocas. Bandos de populares se armam e partem para as matas atrás dos assaltantes antes mesmo da polícia que não viu nada do que aconteceu, nem o roubo, nem a fuga.

Estas matas eram compostas por banhados e alagadiços de difícil travessia. O Rio Gravathay se encontrava com volumosa corrente e logo do início do cerco suas pontes e paços usados foram fortemente escoltados. Por água embarcações da polícia iniciaram patrulha, por terra o cerco é total com bandos de populares armados, a Polícia Administrativa (Guarda Municipal) e também a Brigada Militar chegam, todos caçando os malfeitores. As forças repressivas da cidade e região unem-se, o principal ator das forças repressivas, chefe da operação, é o delegado Thompson Flores, o qual é salvo por um capitão de um alagadiço no qual estava se afogando.

Cercados pelo Rio Guaíba, por banhados e alagadiços, com o Rio Gravathay vigiado e 400 agentes da ordem em seu rastro a noite cai sem que a polícia desse com o paradeiro dos quatro anarquistas. Refugiam se nas matas, tentam furar o cerco repressivo envoltos no manto da noite e são repelidos.

Em meio a neblina do amanhecer um destacamento de reconhecimento se depara com o bando escondido em uma frondosa figueira. A balacera começa a silvar chegando de pronto reforço policial. Segundo os relatos a figueira ficou pelada de tantos tiros, os quatro anarquistas tem os corpos crivados a bala de todos os calibres.

Em um frenesi punitivo as autoridades embarcam os quatro corpos em uma carroça, põem seus fiéis carrascos em formação e partem em desfile para o centro da cidade. Tomando a frente do sinistro espetáculo que percorreu as ruas está o coronel Cypriano Ferreira, comandante geral da Brigada Militar, “cansado e satisfeitíssimo”. O intendente (prefeito) José Montaury, presente na caçada, é convidado a participar do desfile mórbido, e nega, afirmando que não acompanha criminosos nem vivos e nem mortos.

O sinistro espetáculo tem semelhança com o terror aplicado pelas autoridades contra revoltosos ao longo da colonização do Brasil esquartejando e espalhando seus corpos pendurados pelas ruas de cidades como Salvador e Recife e também com o cortejo pelas ruas dos condenados a forca e o consequente enforcamento, em Porto Alegre era o Largo da Forca hoje Praça do Tambor o palco do suplício.  A “marcha triunfal” com a exibição dos quatro corpos dos anarquistas expropriadores recebe aplausos e hurras, despertou também rechaço por tamanha bestialidade mórbida das autoridades, que tentaram lavar sua moral com o sangue dos ferozes anarquistas.

Na chefeatura de polícia, na Rua 7 de Setembro, os corpos após perícia são deixados no pátio interno para exposição pública. Com uma presteza mercantilista e inovadora alguns capitalistas filmam os corpos dos anarquistas junto aos policiais exibindo-se. Com o passar dos dias é montada uma fita cinematográfica, um filme de ação, A Tragédia da Rua da Praia. O funeral do funcionário da casa de câmbio também é filmado e são protagonizadas encenações do roubo, da fuga, do desfecho, estrelando no elenco das encenações o capitão Vianna e mais 40 soldados da Brigada Militar todos atores atuantes no cerco real. O filme logo vem a ser rodado no cinematógrafo do Teatro Colyseu.

 A polícia prende tudo que se mova e lhe suspeite. Russos, poloneses, austríacos, imigrantes judeus, foram seus principais alvos. Os corpos são identificados: Alexandre Grauberger natural da cidade de Saratof, Rússia, de onde havia partido há três anos conhecido aqui como Sacha trabalhava e vivia em um açougue na Rua Pinto Bandeira, Estevão Sedoresky, Pablo Pavlovsky e Feodor haviam chegado de Buenos Aires a dois meses e viviam juntos no n.54 da Rua General Neto.

As ações policiais de busca e apreensão encontram agendas escritas em caracteres cirílico, mapa da América do Sul, fotografias, nos pertences de Sacha encontram livros de gramática, dicionários e livros “anarchistas”, ou seja, descobrem ser ele uma pessoa estudiosa. O patrão de Sacha declara que entre ele e seus amigos russos havia uma firme cumplicidade “emanada de alguma mysteriosa seita entre eles existente”.

Os anarquistas expropriadores da Rua da Praia vão no passo dos anarquistas que viviam e lutavam nas terras sob domínio do czar. Por onde passam trilham o mesmo caminho na busca por anarquia, articulando uma ação ousada e impiedosa contra um comércio burguês e contra as forças repressivas. Declaram guerra a paz social do saque legalizado das riquezas sociais e naturais, encurralados, resistem até os últimos suspiros, a tiros, lutando até o fim sem se arrependerem nem se renderem.

Estes feitos subversivos de confrontação são parte de nossa longa memória anarquista da região. Nós anarquistas somos parte viva de onde habitamos não temos nacionalidade, somos apátridas, internacionalistas, vivemos e interagimos ardentemente no mundo afora.

 “A expropriação, o roubo, o furto tanto pessoal como coletivo tem uma carga muito grande. Tanto social como politicamente. A meu parecer todo tipo de roubo é político é uma forma de resistir à escravidão assalariada, é uma forma de liberar-se das correntes sociais para poder fazer da vida o que lhe dá prazer. O que deseje. A projeção da luta contra a autoridade necessita de companheiros/as dispostos há dar seu tempo em prol de estender o combate para ganhar a guerra. Portanto é muito importante que a ilegalidade prime ao conseguir recursos para cada individualidade e para o grupo com o qual um decida empreender o ataque direto contra a estrutura.” – Angry[11]

Nada há acabado tudo continua

No inverno de 1996 o companheiro anarquista Sérgio Terenzi chamado pelos seus de Urubu morreu logo após uma expropriação pelas balas de um agente da Polícia Federal em Buenos Aires. No fim do ano de 2013, dia 11 de dezembro, era assassinado durante tentativa de assalto a um Banco Estado na comuna de Pudahuel, Santiago do Chile, Sebastián Oversluij Seguel o Angry. Autodeclarado anarquista insurrecionalista niilista. Dois anarquistas que a mão armada expropriadora viveram seus últimos momentos em confronto com o império do dinheiro.

Viver a vida em palavra e ação, pensar e fazer aqui e agora, eis a decisão daquelas pessoas que buscam a anarquia. Enfrentando-se com todos braços da dominação, seus valores, suas leis e forças repressivas.  E como já afirmaram outros anarquistas, a anarquia não é do passado ou assunto do futuro, é sim busca inquietante no presente.

Armando Guerra Primavera 2019

Da Crônica Subversiva N° 5, Primavera-Verão, 2019

[1] Carteles de España; Rodolfo Gonzalez Pacheco; Buenos Aires, 1940. La Accion Directa p.28

[2] Guerrilheiros antifranquista muitos de inspiração anarquista que atuavam nas montanhas dos Pirineos fronteira natural da França com a Espanha.

[3] O Documentário Lúcio O Anarquista (2007) é um inspirador relato sobre sua vida e ações.

[4] Anarquistas de Bialystok 1903-1908; Anônimo; Fúria Apátrida e Edicions Anomia, 2009, Barcelona, p.170

[5] A ferro e corte, em uma luta sem retorno.

[6] A vida vivida “Ai Ferri i Corti” pelos anarquistas na Rússia não é tema do passado. A antiga polícia política czarista que perseguia anarquistas a ocrana, transformou-se na famosa KGB durante a União Soviética, com a democracia mutou-se na FSB seguindo sua tarefa de espionar, prender, torturar anarquistas. Como a FSB fez durante os preparativos para copa do mundo de 2018 prendendo anarquistas, os torturando e obrigando a assumirem a participação em uma organização criada pela mente policial. Em resposta a essas violências o anarquista Mikhail Vasilievitch Zhlobitsky, Misha, visitou a sede da FSB na cidade de Arkhangelsk, em 31 de outubro de 2018, ao entrar acionou um artefato explosivo que trazia consigo, despediu-se da vida ferindo três agentes da FSB.

[7] Mesmo morto há aproximadamente um século os anarquistas mantém vivo seu ódio a tal personagem. Nas vésperas do encontro do G20 de 2018 em Buenos Aires Anahí e Hugo vão na tumba de Fálcon, ao deixar ali um artefato explosivo, Anahí, em um lance acidental resulta gravemente ferida, estando hoje em prisão domiciliar. Hugo que não arredou o pé e ajudou a companheira segue sequestrado pelo estado argentino.

[8] …Y terrible será su rabia. El anarquismo em Yekatrinoslav 1904-1908. Ucrânia; Anônimo, Ediciones Negras, 2014, Buenos Aires, p. 37.

[9] Anarquistas de Bialystok 1903-1908; Anônimo; Fúria Apátrida e Edicions Anomia, 2009, Barcelona, p. 91

[10] Expressão usada em A Reforma 5 de setembro de 1911. O texto se vale de consulta de todas as edições do mês de setembro de 1911 de A Reforma e O Diário, ambos os jornais de circulação diária em Porto Alegre.

[11] Fuego de Vida. Memórias del compañero “Angry” Sebastián Overluij; 3ªedição; p.120

agência de notícias anarquistas-ana

travesso gato
com saudade do dono
mija no sapato

Carlos Seabra