Esta iniciativa nasce nas entranhas do sistema carcerário chileno, Santiago 1, módulo 14.
Com a espontaneidade da necessidade nasce a ideia de coletivizar e potencializar a leitura na vida carcerária servindo como meio para afrontar a prisão e o passar dos dias.
Se faz necessário fomentar e descentralizar esses espaços, mais ainda realizado desde dentro [da prisão] e sobretudo desde a horizontalidade.
Funcionamos de forma autônoma e autogestionada, nascendo desde a iniciativa coletiva, sem a necessidade de autorização nem permissão, tentando gerar dinamismo entre a gente, como também compartilhar, matar o tempo e apoiar a quem, por diversas razões, não podem receber livros.
Somos um pequeno e humilde espaço que se posiciona de dentro da luta coletiva, somos resistência dentro da prisão, buscando uma continuidade na difusão de ideias e práticas que tínhamos abraçado na rua, dando forma com o que temos em mãos e em nosso cotidiano, tentando politizar o espaço que, por imposição, habitamos.
Damos um abraço cúmplice e caloroso a todos grupos e individualidades que formam parte desta luta e que a continuam lá fora, às pessoas privadas de liberdade e a todxs companheirxs presxs políticxs do globo.
Seguimos com o punho para o alto.
Nada nem ninguém está esquecidx. A revolta continua.
Santiago, janeiro 2020.
agência de notícias anarquistas-ana
lua alta
céu claro
o som da folha caindo
Alexandre Brito
Temos muitos livros para doar. Como faço para mandar para os companheiros?