Resistência ao fascismo e ao racismo institucional Solidariedade aos nossos irmãos e irmãs, refugiades e imigrantes lutando pela vida e liberdade
20 mil pessoas estão presas no campo de concentração de Moria. Ficamos furioses juntes. Nos dias anteriores, assistimos os protestos de refugiades sobre as péssimas condições de vida e a repressão cruel que o Estado escolheu, enfrentando populações de múltiplas vulnerabilidades, perseguides pela violência, perseguides pela guerra e regimes
autoritários com gás químico/tóxico.
Vemos essas fotos da violência policial como vemos a violência policial todos os dias, na frente da nossa porta e em nosso bairro. Vemos fotos de pessoas vivendo em barracas lamacentas em Lesbos ou Samos, como vemos pessoas em situação de rua em nossa porta, em nosso bairro. Vemos fotos de outro naufrágio no Mediterrâneo e o aumento de assassinatos com um selo nacional e europeu.
Vemos a escuridão que se espalha ao nosso redor, a familiaridade com o horror, o choque que não cresce, mas suaviza, o esquecimento que branqueia o derramamento de sangue, a passividade social e o canibalismo. O plano da exclusão social está avançando, mas sempre seremos o coletivo que faz a barricada. Não passará sobre nós. Não os
deixaremos vencer.
Em Notara construimos todos os dias uma comunidade além das nações, fronteiras e religiões. Plantamos raízes. Pessoas que vivem em nossa okupa têm nome, não são números. Os rostos de refugiades que são espancades pela polícia, ameaçades por fascistas, depreciades pelo Estado, são também refletidos em nossas próprias experiências. Através da nossa experiência coletiva, chamamos a resistência, a solidariedade e a autogestão.
A assembléia da “Notara 26”
Terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Tradução > A Alquimista
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Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!