[São Paulo-SP] Jornada anticarcerária “Não estamos todos! Faltam às pessoas presas!”

> Roda de conversa: “Abolicionismo Penal” com Acácio Augusto.

> Exibição dos vídeos: “Quanto mais presos, maior o lucro” + “Tortura e encarceramento em massa no Brasil!”

> Quando: Sábado, 29 de fevereiro, a partir das 16 horas

> Onde: Centro de Cultura Social (CCS), Rua General Jardim, 253, sala 22, 2º andar, Centro, Vila Buarque, Próximo à Estação Metrô, São Paulo (SP)

O ENCARCERAMENTO EM MASSA FAZ PARTE DO PROJETO GENOCIDA DO ESTADO BRASILEIRO

O território dominado pelo estado brasileiro conta com a terceira maior população carcerária do mundo. Segundo o último levantamento oficial do governo (CNJ/2019) há mais de 812 mil pessoas atrás das grades em um total de 1.456 estabelecimentos penais, o que gera uma taxa de ocupação de 175%.

Na região Norte, por exemplo, os presídios recebem quase três vezes mais do que podem suportar. O Amazonas é o estado que possui a maior taxa de ocupação: 483,9% (cerca de 5 detentos por vaga). Depois dele estão Ceará (309,2%) e Pernambuco
(300,6%).

A população carcerária aumentou 81% entre 2006 e 2016, na qual 55% dos detentos são jovens de 18 a 29 anos e 64% são negros.

O estado brasileiro ainda prende muito por crimes não violentos, como tráfico e furto. Além disso, outro grande problema é a quantidade de presos sem condenação: cerca de 41,5% do total de encarcerados ainda aguardavam julgamento em 2019 (aproximadamente 292.450 pessoas). Em média, 37% desses presos provisórios, quando julgados, são absolvidos ou têm que cumprir penas alternativas.

Denúncias de práticas de tortura e maus tratos são frequentes na maioria dos estabelecimentos prisionais do território, e a espiral de violência vai além: apenas metade das unidades prisionais dispõe de assistência médica e educacional. Existe apenas um único médico ginecologista para cada 1.284 mulheres encarceradas, e a incidência do vírus da AIDS é 138 vezes maior do que a constatada na população geral.

Há cerca de 1169 pessoas com deficiência física no sistema prisional, sendo que apenas 11% das prisões dispõe de algum tipo de adaptação para recebê-los.

Devido a realidade enfrentada nas prisões, uma pessoa encarcerada tem 3 vezes mais chances de morrer do que uma pessoa fora do sistema prisional.

A desumanização promovida pelo sistema prisional é uma das formas de terrorismo de estado, que utiliza o cárcere e a violência policial como instrumento de controle social das populações empobrecidas e periféricas.

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agência de notícias anarquistas-ana

Sob o alpendre
o espelho copia
somente a lua.

Jorge Luis Borges