De Rositas | Valladolid | Ilustra Paula McGloin | Extraído do cnt nº 422
Apenas recém estreado o século XXI, creio que não me equivoco se afirmo que teremos dois grandes movimentos ideológicos que marcarão este século. O Feminismo é sem dúvida um deles. E o outro será o ecologismo, o que primeiro teremos que nos apropriar e arrebatar do poder para que não se limite a mercantilizar com o CO2 e culpabilizar a classe trabalhadora pelos males do meio ambiente.
A primeira pessoa que uniu ambos os termos e começou a falar de Ecofeminismo foi a escritora e pensadora francesa Françoise d’Eaubonne, em sua obra “O feminismo ou a morte”. Teve uma breve militância comunista na década de 60, que abandonou depois de comprovar que os assuntos relacionados com a mulher sempre se deixava para “depois” da revolução. E como muitas vezes o importante das coisas é como acabam, pois Françoise d’Eaubonne acabou sendo anarquista, como seu pai. Em 1974 criou o termo Ecofeminista. E quando em 1978 publicou suas teses sobre ecofeminismo, foi objeto de mofa e a ridiculizaram na Europa por unir dois conceitos que não tinham nada que ver. Apesar disso suas teses penetraram na Austrália e primeiro na América, onde o ecofeminismo adquiriu um matiz espiritualista e mais tarde na Índia onde Vandana Shiva irá constituir-se como uma relevante voz.
A Françoise devemos também a introdução do termo Falocracia. Veio a dizer que “a falocracia está na base mesma de uma ordem que não pode senão assassinar a Natureza em nome do lucro, se é capitalista, e em nome do progresso, se é socialista». Aí é nada. Para que logo digam que feminismo e ecologia não estão relacionados. Se como feministas questionamos as relações de dominação, como ecologistas será preciso levar estes enfoques ao mundo natural e do meio ambiente.
Para Françoise d’Eaubonne só o ecofeminismo será capaz de pôr fim às estruturas de dominação, competitividade e agressão, ao mesmo tempo que tornará possível construir uma sociedade igualitária e respeitosa com o meio ambiente.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
lua n’água
entre pétalas
alumbra o abismo
Alberto Marsicano
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!