“Os abusadores de plantão se veem superados em todos os lugares. Hoje, eles só podem recorrer ao terrorismo, à montagem e à manipulação por meio de seus canais regulares: suas forças armadas, seus meios de (in) comunicação e seu teatro político…” Palavras da insurreição chilena.
Somos um coletivo de mulheres anárquicas em luta que se juntam ao chamado das companheiras que convocam a formar um bloco anarquista negro em 8 de março.
Tomamos as ruas validando o belo exercício da violência anárquica. Sem líderes ou partidos, longe de qualquer grupo, coletivo, coordenadora ou peticionárias, longe do feminismo hegemônico, partidário, acadêmico ou altruísta. Nossa luta é contra o patriarcado, que é a base da família, do Estado-Capital, de todas as religiões e de tudo que nos oprime.
Lutamos pela destruição de tudo o que existe. Nossas vidas estão em jogo.
O direito de viver nossas vidas e decidir sobre nossos corpos não se mendiga, se toma! Por isso, não buscamos o diálogo, não queremos reformas, não promovemos leis, nem exigimos direitos, promovemos a luta frontal contra o poder em todas as suas dimensões.
Lutamos contra toda autoridade, por isso retomamos nosso grito de guerra anárquica: Nem Deus, nem Estado, nem Patrão, nem Marido!
Também nos juntamos ao chamado do Coletivo das Bruxas do Mar que pede à greve em todo o território do que eles chamam de México, mas como dizem as companheiras Fenomenicas Bruxas e Insurrecionistas: em um dia não há espaço para toda a nossa raiva! É por isso que apoiamos a proposta de um março quente, estendendo os combates nas ruas e a paralisação do trabalho durante todo o mês de março.
A destruição do trabalho faz parte da nossa libertação total, vamos começar a nos libertar!
Vamos liberar as catracas do metrô durante todo o mês de março, continuar a greve nas faculdades, cchs e prepas, tomar todas as praças do país e nos declarar em plantão permanente durante todo o mês, enfrentar todas as instituições que propagam o domínio patriarcal (a Igreja, Estado e Capital), não basta explodir o teto de vidro, você precisa explodir o céu com tudo e com seu Deus!
Convidamos todas as individualidades e coletivos anárquicos a se unirem à luta antipatriarcal e àqueles que não concordam com nossos métodos e ainda acreditam nas reformas, na luta pacífica, nas promessas do Estado e em seu senhor Jesus, convidamos você a não atrapalhar: 8 de março não é um dia para comemorar, é um dia de guerra.
Não aceitaremos a presença de políticas sejam de que partido sejam ou autoridades governamentais. Se quiserem participar, que suportem as consequências… Nós sabemos como distinguir o inimigo.
Sabemos que nos escritórios do governo eles preparam a estratégia para nos esmagar. Eles projetaram a rota onde querem que a marcha passe em seus abençoados monumentos, instituições e lojas abrigadas, localizaram os pontos onde planejam nos encapsular, convocaram todas as mulheres da Guarda Nacional vestidas com roupas civis para se juntarem as 3000 mulheres policiais para nos reprimir, mais uma vez ordenaram que as autoridades do estado e os AMLOvers para formar um “cordão da paz” para impedir que nos manifestássemos…
PARA QUEM ESCOLHE ESTAR DO OUTRO LADO DA BARRICADA É NOSSX INIMIGX, SEJA HOMEM OU MULHER; CIVIL OU DE UNIFORME.
Transbordando os caminhos, vamos criar um bloco preto caótico e incontrolável que dá vida à Anarquia.
Contra o Estado e a Capital Luta anti-patriarcal!
Nem Deus, nem Estado, nem Amo, nem Marido!
Pelo controle de nossas vidas!
Pela destruição de gênero!
Destrua tudo o que nos domina e condiciona!
Pela tensão anárquica insurrecional!
Pela libertação total!
VIVA A ANARQUIA!
Coletiva de Mulheres Anárquicas “Alegria de Viver a Vida”, CDMX, 28/2/20
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!