A Confederação Geral do Trabalho (CGT), denuncia a infeliz situação que está sendo sofrida na Saúde Pública durante a pandemia da Covid-19, como resultado da falta de pessoal qualificado, tanto de saúde como não de saúde, falta de Equipamentos de Proteção Individual, falta de leitos, medicamentos necessários para aliviar a doença e materiais de saúde essenciais para o atendimento à saúde das pessoas doentes.
A realidade que se vive em Centros de Saúde, Hospitais Públicos e Lares de Idosos é dantesca: profissionais de saúde e não profissionais de saúde especificamente, enfrentam o vírus sem máscaras, luvas, vestidos descartáveis, meias-calças para cobrir os calçados e bonés para protegê-los de infecções, ou os tem que lavar e reutilizar, em dias úteis sucessivos e em alguns casos por até uma semana, estes Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que devem ser de uso único.
Os materiais de limpeza e desinfecção, essenciais no combate ao Covid-19, são lavados e reutilizados apesar de terem sido usados para limpar móveis e banheiros de pacientes infectados pelo vírus, ao invés de serem descartados após o uso para evitar a propagação da pandemia.
A CGT gostaria de fazer uma menção especial e prestar uma merecida homenagem a todo o pessoal de saúde e, é claro, também ao pessoal não sanitário que trabalha no setor da Saúde: pessoal de limpeza hospitalar, guardas, pessoal de manutenção, pessoal administrativo, garçonetes, alfinetes, cozinheiros, pessoal de ambulância… que são os invisíveis no setor da Saúde e que, em situações como a que estamos vivenciando, tornam-se visíveis e essenciais.
As UTIs, superlotadas, camas, macas e cadeiras de rodas ocupadas por pacientes. Pessoas doentes em cadeiras plásticas durante dias, deitadas no chão frio do Pronto Socorro ou em um corredor próximo… O pessoal de saúde ou não infectado deve ter alta da UTI e não ser substituído ou substituídas por outro profissional, o que leva a uma sobrecarga de trabalho e a um risco maior de fazer com que aqueles que continuam a ir trabalhar adoeçam todos os dias.
A origem do caos que se vive durante esta crise sanitária é causada pela tentativa mesquinha de desmantelar o Serviço Público de Saúde que, em etapas anteriores, foi realizado com cortes no orçamento e terceirização de todos os serviços não sanitários, o que levou a uma alta redução de pessoal, material e muitos meios necessários para salvaguardar a saúde das pessoas, com a clara intenção de favorecer a Saúde Privada.
Isto, juntamente com a comprovada inépcia de alguns políticos, diretores de residências geriátricas, gerentes de contratos e subcontratados de serviços terceirizados, e quaisquer intermediários entre hospitais e pessoal terceirizado, torna muito difícil impedir a propagação desta pandemia.
Da CGT exigimos, mais uma vez, que tudo o que foi retirado do Sistema de Saúde seja devolvido e que tudo o que foi privatizado no Setor Público seja revertido, com qualidade e para todas as pessoas sem distinção alguma.
Vamos superar esta crise de saúde, mas obviamente ela vai acabar com um custo em vidas e excesso de trabalho dos profissionais de saúde que é totalmente evitável, se o ataque à saúde pública, universal e de qualidade que desfrutávamos antes dos “cortes” não tivesse acontecido.
A Saúde Pública NÃO É VENDIDA, É DEFENDIDA.
Mais equipamentos de proteção nos hospitais!
Fonte: https://cgt.org.es/la-sanidad-publica-en-estos-tiempos-terribles/
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
chuva fina
o boi sobre o campo
sobre o boi o pássaro
João Angelo Salvadori
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!