45 dias de norte: dois punks brasileiros sem dinheiro pela Europa – dia 11

Dia 11 – Um dia em dois países ou Allan vai ao paraíso

Nosso último dia na Loirécia foi meio corrido. Acordamos nem tão tarde, por volta de 11h, e fomos pra casa de Stina nos despedir e imprimir nossos cartões de embarque do vôo pra Berlim. A Ella tava com temperatura que indicava que os filhotes iriam nascer a qualquer momento, então a Amanda ia ficar lá com elas a tarde toda. Nos despedimos das três, hospedagem sensacional, e ainda tomamos um café com elas com vários tipos de queijo. Tirei uma foto pra lembrar, grandes pessoas. Só não rolou a impressão – impressora sem tinta.

Com a chave da casa da Amanda, nosso plano era ir até Södermalm comprar a camisa do Hammarby e arranjar um bico de bomba pra murchar a bola e poder levá-la na mala, imprimir os cartões, passar pelo café da Tové pra dar tchau e comer mais uma das delicinhas suecas que elas preparam por lá e por fim conhecer o Stadion municipal, antes de voltar pra casa pra pegar as malas e ir pra estação. Não deu tempo de fazer tudo.

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Dia 10 – Preguiça, haxixe e futebol

“Caralho, esse busão tá lotado de Saldivas[1].”

Acordei – tarde – com essa frase genial do Allan na cabeça, logo depois de ter sonhado com uma saída de balada em que eu falava inglês com as pessoas. Aí tinha duas minas na minha frente, uma delas tentava falar com um cara e ele meio que saía correndo, eu chegava nas minas e falava:

– Assustou né, homem tem medo de mulher que fala, que é inteligente.

E aí a mina saía correndo e eu ficava conversando com a amiga dela, que no final era a Aline, uma mina que eu era apaixonadinho na 8ª série. De repente eu pegava ela, e ficava feliz pra caralho, falando pra ela que tinha realizado um sonho de infância. Acordei feliz com isso. Fica a nota de que ainda falo com a Aline, que morava do outro lado do Bicudão[2], e hoje tá casada e tem dois filhos.

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Dia 9 – Molho de tomate

O dia começou com Amanda indo trabalhar.  Allan e eu enrolamos pra caralho pra levantar, e quando o fizemos ele foi lavar cuecas e eu escrever o relato de ontem. Depois de tomar banho, resolvemos finalmente ir dar rolê na cidade velha de Estocolmo, ver alguns pontos turísticos e procurar o Kaffe 44, café anarquista que a Tové tinha citado. Saímos por volta de 12h40, e tínhamos fome, então fomos ao mercado, depois de passar numa lojinha de segunda mão onde tinha camisa do Brasil do Ronaldinho, da França do Barthez, do Barcelona do Larsson e uma da Suécia de visitante bonitona, mas não compramos nada.

Os preços do mercado na Suécia são estranhos. Você pode comprar dois brócolis por 15 kronas e dois pepinos pelo mesmo valor. Um suco de 2 litros custa 13 kronas, enquanto uma latinha de Coca de 330ml custa 10. Nisso, resolvemos, pra matar a saudade de casa, fazer nosso prato de sempre: macarrão. 12 kronas 1kg de macarrão, 33 kronas 1kg de cogumelos (não compramos um quilo, mas compramos bastante e ainda assim saiu 13 kronas, no Brasil seria uns 30 conto a mesma quantidade), o suco de 2 litros supracitado e faltava um molho de tomate. Allan não queria molho, eu queria, mas o mais em conta que achamos no sentido custo/benefício era um de 500ml por 27 kronas. Meio contrariado, e indignado com um molho custar mais que o resto dos comes juntos, Allan aceitou o molho Dolmio, que segundo ele tem um filho da puta de bigode no rótulo.

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Nos moranguinhos
que cobrem os canteiros–
Gotas de orvalho.

Joelson Aparecido Pedroso – 14 anos