Dia 18 – Com certeza o dia da viagem mais caótico
Tinha uma pá que a gente conhecia (a maioria o Allan) mas já saiu do time. Tudo graças ao Fifa[1], hehehe. Na torcida, uma pá de punk, uma pá de skin antifa, várias minas, crianças, alguns tiozinhos e tiazinhas “roqueiros”, muito louco. São impressionantes a capacidade e a vontade alemãs de pintar o cabelo, independentemente da idade. Começou o jogo e o Aue atacava mais, com o St. Pauli defendendo e tentando um contra-ataque. Até conseguiu alguns, mas nada demais no primeiro tempo, quando eles atacavam pro lado em que estávamos. Brüns deu um bom chute depois de tabela rápida pra defesa do goleiro. Mas o que impressionou mesmo foi a torcida: não pára nunca de cantar e tem uma porrada de música. Eu fiz uns 463346867 vídeos, hehehe. Tem até versão de Laura Pausini, Shakira e Beatles (Obladi-Oblada). Pra agitar, fica um cara trepado na grade, de costas pro jogo, com um megafone, puxando as músicas. Dois bumbos formam a “bateria”, beeeem ruim e fora de tempo e ritmo, deu vontade de falar “dá aqui essa porra” e tocar. Já a torcida do Aue, formada majoritariamente por famílias segundo o Stefan, é bem fraquinha. Só canta nos momentos em que o time cresce. Os ultras deles tinham uma faixa “Diffidati con noi[2]!”, em italiano, que eu já vi em algum jogo do campeonato italiano mas nem sei o que significa. Piva[3], ajuda ae!
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Dia 17 – Feriado é sempre dia de não fazer nada
Hoje é 2 de “agota”, feriado autônomo decretado devido aos acontecimentos de 2 de agosto de 2010[1], conhecidos como “A revolução de Bristol” ou “O dia de 6h”, em homenagem ao herói revolucionário Felipe Sema, autor da famosa e conhecida frase “arte é zoar”. Por conta disso, Allan e eu seguimos o script e acordamos tarde, aproveitando que o rolê da família da Má era de compras e a gente não tava afim de compras (mais ou menos, como vocês verão). Na hora do almoço, que pra gente era hora do café, fomos até o 5o andar (conhecido como Paraíso do Allan) comer uns lanches. Fui querer comer um iogurte e derrubei metade de um outro pote GIGANTESCO no chão. Acabei de limpar, peguei meu iogurtinho, abri, sentei na cadeira pra comer e a cadeira quase desmontou, me fazendo derrubar iogurte de novo, dessa vez em cima do jornal e bem menos. Coisas de feriado. Antes de subir o Allan já tinha mandado uma ótima também: alguém colocou a máquina de lavar pra funcionar e ele foi ao banheiro bem na hora em que ela deu mais uma volta no ciclo (tava naquela etapa do gira um pouco e para), saindo exatamente no final do barulho. Virou pra mim e disse:
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Dia 16 – Olympiastadion, futebol com refugiados e a melhor cerveja do rolê
A casa da Má, com as meninas num quarto, a gente no outro e os pais fora, fica parecendo um acampamento de férias de filme americano. Agora menos com a Eve aqui, mas ainda assim, ter que acordar cedo ou acordar de noite e ir pro refeitório comer Nutella “escondido” nos deixa muito numa pegada 15 anos. Tanto que nessa quarta, mais uma vez, acordamos em cima da hora do rolê, que foi escolhido pela Gabi e seria a Zitadelle, na zona ocidental, onde rola um castelo construído em 1200 e bolinha e uma ponte onde todo ano tem uma festa em que os dois bairros que ficam nas extremidades “duelam” pelo seu controle, remontando aos tempos medievais. Depois a família da Má iria pra exposição do Salvador Dali e eu e o Allan voltaríamos pra jogar bola com o Valdívia.
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!