45 dias de norte: dois punks brasileiros sem dinheiro pela Europa – dia 14, dia 13 e dia 12

Dia 14 – Turismo entre o horror e o fetiche

Acordamos até cedo, por volta de 10h. A MCarol, que a noite ia pra Roma, a Má e as meninas do quarto ao lado, mais o pai e a mãe da Má que estão num hotel aqui perto combinaram de ir no museu da SS (uma exibição chamada Topology of Terror), nos convidaram e aceitamos ir junto. Depois do museu iríamos a uma tour guiada, gratuita, pelo centro de Berlim, uma tour histórica. Saímos sem comer nada, porque acordamos e eles tavam quase saindo já, e fomos todos pro metrô começar o rolê. Os pais da Má são gente finíssima.

No metrô, o Manuel[1] me ligou. Disse que tinha tudo organizado pra gente ir pra cidade dele (Regensburg), incluindo um jogo no dia 7. Repensamos a carona pra Suíça e resolvemos que ela pode esperar, então depois do jogo do St. Pauli, voltamos pra Berlim ou vamos direto pra Regensburg. O problema de ir direto seria a mochila de viagem, não ia dar pra entrar de mochila no jogo. E sem chance de ter CouchSurfing em Aue.

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Dia 13 – Koffaina, St. Pauli fora, Poison Idea cancelado e carona pra Suíça

Dia totalmente preguiçoso depois de dois dias de Köpi. Acordamos lá pelas 11h, subimos pra comer e voltamos pro quarto. Acabamos dormindo de novo. Fiquei pensando no rolê da noite anterior e em algumas coisas da cidade. Primeiro da Susan me chamando de caçava, que segundo ela é outro nome possível pra Mandioca (ela é catarinense). Depois sobre o metrô em Berlim, completamente aberto e sem catracas, com controladores (que a gente ainda não trombou). Imagina isso em São Paulo! Fiquei pensando em como seria uma tarifa zero por lá, e que antes de ter tarifa zero teríamos que ter uma expansão gigantesca do transporte público. Tamo longe…

Outras coisas que me passaram pela cabeça tem relação com a quantidade de bicicletas. Pra quem não tá acostumado com cidade amiga das bikes, como nós, é mais fácil ser atropelado por uma do que por um carro. Tem muitas minas andando de bike e saia aqui, sem shortinho por baixo. Não precisa, ninguém mexe (pelo menos não vi até agora). Não, a Alemanha não está livre do machismo, mas em ambientes públicos digamos que as coisas parecem ser um pouco melhores pras mulheres aqui. No show do Sub-Humans, por exemplo, pelo menos umas três minas tiraram a camisa devido ao calor insano. Ninguém mexeu. Quando uma, bebaça, se jogou do palco em um stage dive de frente, aterrissando com os seios, o cara que acabou tendo que segurá-la por ali rapidamente desviou as mãos dos peitos dela e segurou nos ombros. Atitude decente. Faz falta. Ao mesmo tempo teve a mina que levou o tapa na bunda que eu mencionei. Outra coisa bem diferente na Alemanha é que nos shows tem gente pogando, bastante gente. Outra pegada de como as coisas são em grande parte dos shows em São Paulo, com boa parte da galera paradona.

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Dia 12 – Café vegan, turismo de leve e Sub-Humans, porra!

Claro que acordamos extremamente tarde, por volta de 15h, depois do rolê do dia anterior. A MCarol já tava acordada, mas também tinha levantado tarde, e tava vendo como chegar no Café Vux, onde trampa o Arílson, nosso amigo que tocava no Abuso Sonoro. Combinamos de ir com ela também e depois de dar uma passadinha de leve na cozinha saímos, com um bilhete de metrô da Má válido pra duas pessoas e ainda em dúvida sobre tentar burlar o transporte, já que a multa é de 80 euros.

Um pouco perdidos, sem mapa da cidade, demoramos pra chegar na estação e depois pra entender a linha que tínhamos que pegar. O metrô aqui não tem catraca, então a zica é mesmo se entrar algum controlador no vagão. Confabulamos sobre qual bilhete comprar e se comprar e resolvemos arriscar e ir sem, já que o bilhete da Má valia pra 2 adultos e 2 crianças na real e a gente podia alegar que tinha entendido que eram 4 adultos. No caminho achamos um bar de torcedores do Hertha, e Hertha x Juventus tava rolando já.

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agência de notícias anarquistas-ana

Abriu-se a papoula
E ao vento do mesmo dia
Ela veio ao chão.

Shiki