O Liebig34 não é apenas um símbolo da esquerda. O Liebig34 é resistência anarca feminista e queer. Não é só uma residência, é o nosso modo de vida, em nosso espaço livre duramente conquistado, que estará novamente em julgamento no final do mês e estará fortemente ameaçado. É deplorável, a nível social, político e humano, fazerem todo o possível para nos expulsar do Liebig34 para dar espaço a pessoas que ganham mais e vivem mais em conformidade com o sistema. Para que haja ainda mais lucro para o proprietário.
O absurdo do capitalismo….
Habitação é um direito humano! O espaço habitacional não é uma mercadoria!
Os meios de comunicação descrevem de forma pomposa como a população alemã se ajuda e se organiza de forma amistosa durante os tempos de coronavírus e provavelmente continuará a fazê-lo. Esta utopia da solidariedade cotidiana e vivida existe há muito tempo em estruturas de esquerda, mas aí é criminalizada. Agora também queremos nos conectar no bairro Rigaer, alternativamente, na vida cotidiana do bairro, através do rádio, das varandas, das janelas e da rua. Somos criminalizadas desproporcionalmente por isso. Eles sistematicamente tentam destruir a auto-organização alternativa através de controles e despejos.
Isto mostra mais uma vez a pressão repressiva sob a qual vivemos nesta rua.
Quase todos os políticos falam de solidariedade, mas é apenas uma frase vazia, que só se aplica à população alemã branca e privilegiada. Todos os outros são esquecidos e assediados. Eles dizem apoiar a solidariedade. Mas a vida cotidiana é a denúncia, a caracterização racial e a criminalização. Não é surpreendente contra quem a lei de proteção contra a infecção é aplicada, quem é controlado e onde as expulsões são ou não pronunciadas.
A chamada zona de perigo, construída pela política e pelos policiais, é de novo extremamente perceptível nos tempos atuais: os carros da polícia estão estacionados em cada esquina, os policiais ficam aborrecidamente sentados durante o seu turno de oito horas até que algo finalmente aconteça ou então ajudam e atacam arbitrariamente. Toda a gente na vizinhança tem de decidir se é possível voltar para casa sem ser molestada pela polícia ou se podemos sair de casa com o cão, a criança ou simplesmente para levar o lixo.
As nossas estruturas sempre foram resistentes e profundamente solidárias e todas as “ocasiões” foram sempre usadas para nos criminalizar e às nossas estruturas – atualmente é o Corona.
Mas isso não quebrará a nossa convicção e a nossa coesão.
Continuamos a mostrar solidariedade! Somos por uma cidade desde baixo, contra a cidade dos ricos!
Não deixaremos que a nossa luta por espaços auto-organizados e anarca-queer-feministas seja destruída!
O Liebig34 fica!
Dia 30 de abril o Liebig 34 estará em julgamento, mas isso significa que todos nós estaremos em julgamento!
Em solidariedade com Potse, Meute, Syndie, Köpi e todos os outros projetos e indivíduos ameaçados pelo despejo!
Venha à nossa audiência no tribunal dia 30 de abril de 2020, às 9h30, no Landgericht Tiergarten, Turmstraße 91.
Seja solidário e criativo.
Participe na nossa ação de preparação na noite anterior.
Mostre o vídeo (que encontrarás em breve no nosso blog) na sua rua e no seu apartamento compartilhado, projeta-o em paredes de casas.
Seja barulhento e leva-o para as ruas.
O Liebig34 fica!
Tradução > Ananás
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!