A decisão do Governo de enviar ao trabalho desde o dia 9 de abril passado, a milhares de trabalhadores de atividades consideradas não essenciais responde à pressão do poder econômico e financeiro, que por um lado não quer ver limitados os seus lucros e por outro não deseja seguir pagando auxílios retribuídos a seus trabalhadores pelo confinamento forçoso.
Novamente, como já nos acostumamos, historicamente o Capital e o Estado, priorizam os interesses empresariais frente a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras.
Custou pouco ao Governo levantar a hibernação econômica, porque, como se pode observar quando as organizações empresariais questionam decisões dos governantes, estas mudam instantaneamente. Claro que para o Estado e o Capital é fácil tomar estas decisões porque os que se expõem e se convertem em carne de canhão somos os de sempre, os trabalhadores e trabalhadoras.
O Capital e o Estado voltam a sacrificar a classe obreira em prol de seus interesses. O Governo, a serviço da grande patronal e dos bancos, já havia sido estes dias muito permissivo com as inspeções nas empresas para ver se cumpriam as medidas de segurança frente à pandemia. Essa flexibilidade não demostraram, no entanto, nas ruas, reforçando a vigilância policial, fomentando a delação entre vizinhos e sancionando a torto e a direito as pessoas a pé. Não se conhecem as sanções impostas a empresários por jogar criminosamente com a saúde de seus trabalhadores. Sim sabemos, no entanto, que houve mais de meio milhão de multas impostas pelas forças repressivas contra as pessoas do povo, e isso apesar de que a própria advocacia do Estado questionou a legalidade destas sanções por ‘desobediência’.
Federação Anarquista Ibérica-FAI
20 de abril de 2020
federacionanarquistaiberica.wordpress.com
Tradução > Sol de Abril
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