Por volta de 350 professores e pesquisadores do meio acadêmico basco defendem a mudança do modelo de desenvolvimento e optam por uma alternativa ecológica após a crise gerada pela COVID-19.
Quase 350 profissionais do meio acadêmico basco pediram apostar pela economia ecológica em Euskal Herria após a crise criada pelo novo coronavírus.
“Por uma economia ecológica em Euskal Herria Pós-COVID” é o título do manifesto que foi assinado por um total de 345 professores e pesquisadores de 25 universidades e centros de pesquisa, entre eles, UPV/EHU, UPNA-NUP, Universidade de PAU (Baiona-Burdeos), Mondragon Unibertsitatea, Deusto, BC3, Stanford ou Cambridge.
Se inspiraram em uma iniciativa similar avalizada por 170 profissionais acadêmicos nos Países Baixos.
Os signatários propõem cinco linhas de atuação prioritárias para transformar o modelo de desenvolvimento para uma economia ecológica.
O primeiro, o “abandono do modelo de desenvolvimento centrado no crescimento agregado do PIB, distinguindo entre setores essenciais que podem crescer para incrementar o bem-estar social e aqueles que devem decrescer rapidamente devido aos impactos que geram no meio ambiente”.
O segundo, o “fomento de políticas de produção e consumo que tenham em conta os limites ecológicos, priorizando a proximidade, o público e o bem comum, para não gerar um débito inaceitável para as próximas gerações”.
Também preconizam por uma “tributação ambiental progressiva que desincentive a contaminação e a superexploração dos recursos naturais e sirva para financiar a necessária transição ecológica que faça frente a crise climática e à degradação dos ecossistemas”.
Em quarto lugar, propõem uma “transformação do sistema agrícola e alimentar com vistas à soberania alimentar baseada na agroecologia e condições de trabalho dignas”.
Por último, apostam por “abandonar o modelo baseado em grandes infraestruturas e modos de transporte insustentáveis”, priorizando a mobilidade não motorizada e o transporte público.
Os que assinam o manifesto consideram que o modelo de desenvolvimento conhecido é “depredador da natureza e gera crescentes desequilíbrios ambientais com graves custos sociais”.
Nesse sentido, creem que “cuidar da biodiversidade é um seguro de vida para nossa sociedade e, portanto, um investimento estratégico, em vez de um gasto”.
Por tudo isso, defendem uma visão integral acompanhada por uma ação “urgente e drástica” para planificar um mundo pós-COVID-19 baseado na economia ecológica, também em Euskal Herria. “Não podemos ficar atrás. Seria um erro estratégico de custos incalculáveis. Como pessoas comprometidas com o futuro socioecológico de Euskal Herria, cremos que estas pautas conduzirão a uma sociedade mais sustentável e equitativa, baseada em valores positivos de respeito para com a natureza e todas as pessoas. É o melhor investimento para o futuro das gerações vindouras”, defendem.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Da janela vejo
A escuridão chegar
Vagalumes bailam
Mylena Sá – 13 anos
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!