Ontem (06/05) estive no 3 Ximeneas, em Barcelona, para participar do evento #theblackwallmovement organizado pelo “elxupetnegre”. Eu não estava participando como artista, mas fui cumprimentar os colegas e ver os trabalhos deles.
O que mais me impressionou foi uma parede onde um artista anônimo, ao invés de desenhar algo, escreveu uma lista de nomes de imigrantes que foram assassinados pela polícia dos anos 90 até os dias de hoje, encabeçada pelo slogan “Aqui a polícia também mata”.
Pouco depois de terminada a peça, chegou uma patrulha do Mossos d’Esquadra [polícia catalã]. Eles queriam saber os nomes dos artistas que fizeram o trabalho para denunciá-los por calúnia e pediram que o muro fosse apagado. Ninguém revelou seus nomes e o artista se recusou a apagá-lo. Esta manhã, a parede apareceu como na foto.
Acho muito forte que eventos reais sejam censurados e que sejam feitas tentativas de apagar esses crimes da memória coletiva. Ainda mais quando se considera que o evento em questão foi contra o racismo e o abuso policial e para denunciar o assassinato de George Floyd pela polícia dos EUA.
“O tempo das fotos bonitas acabou”, disseram os artistas no final.
E.G.
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Pelas vigas da ponte,
Os raios de sol
Na névoa da tarde.
Hokushi
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!