Da Grécia à América, respiração profunda até a morte da supremacia branca
O assassinato do afro-americano George Floyd pelo homem branco, vestido de branco, Derek Chauvin, no dia 25 de março em Minneapolis, é um grito de guerra. De agora em diante, nada será o mesmo. Os Estados Unidos estão ardendo e as chamas da rebelião purificam a injustiça de uma vez por todas. A quilômetros de distância, as forças revolucionárias estão do lado da autodefesa negra. Assumimos a responsabilidade pelo ataque com um dispositivo incendiário de baixa potência na sede da gigante americana de recursos humanos ManpowerGroup, no nº 14 da avenida K. Karamanli, em Tessalônica, ao meio dia de 8 de junho, um dia antes do funeral de George Floyd. O nosso ataque é uma mensagem de resistência e solidariedade revolucionária às forças insurgentes que estão destruindo a onipotência da supremacia americana. Enquanto os nossos irmãos e irmãs negras forem alvo do terrorismo branco, nenhum investimento americano estará seguro. 51 anos depois, os Dias da Ira estão aqui novamente para assombrar os pesadelos da burguesia.
Ao mesmo tempo em que todos desfrutamos dos nossos privilégios de brancos, as comunidades negras lutam diariamente contra o racismo e a xenofobia. Há décadas que as pessoas perdem as suas vidas todos os dias sendo alvejadas por assassinos ou brancos racistas porque têm uma cor de pele diferente. O assassinato de George Floyd não acabou com o alvejamento ilegítimo da comunidade negra, mas com a tolerância social deste alvo. Nada ficará sem resposta.
Ao ouvir a perda de mais uma pessoa negra, milhares de pessoas furiosas inundam as ruas das metrópoles americanas. Atacam a polícia e os departamentos da polícia com ódio, queimando e saqueando os símbolos do capitalismo e da exploração. Derrubam símbolos que glorificam a opressão negra e a escravidão, restaurando a história. Agora os negros têm uma voz que grita por justiça social e igualdade imediatas.
Em oposição a eles é fortalecido o terror branco de Trump, que incansavelmente aumenta o conflito. A revolta deixou centenas de feridos por violência policial e jovens mortos. Mas os assassinatos de negros não param. Robert Fuller e Malcolm Harsch foram enforcados na Califórnia, enquanto que Rayshard Brooks foi morto no estacionamento de um Wendy”s em Atlanta, por tiros da polícia, porque dormiu. Mas onde a injustiça está vestida de branco, o preto cobrirá tudo.
Na frente armada, a solidariedade é baseada em ações revolucionárias. Reconhecemos a lei de toda a violência revolucionária contra o estado capitalista das grandes corporações, a sua classe dominante e as suas instituições. Militarmente falando, as alianças entre diferentes formações armadas revolucionárias são principalmente uma questão de coordenar a sua direção.
Black Liberation Army
A revolta nas metrópoles americanas não é e não deve entrar na história como um grito de agonia pelos direitos das nossas irmãs e irmãos negros. A luta no centro da segurança e do combate ao terrorismo deve levar a comunidade revolucionária global a coordenar forças contra os interesses internacionais dos assassinos dos EUA. As imagens dos confrontos, da perda de fôlego na Casa Branca, com os terroristas enterrados nos abrigos subterrâneos, gritam no universo que, diante da raiva popular, TUDO É POSSÍVEL.
Diante de um regime que mata legalmente a comunidade negra nos Estados Unidos, que está enviando forças militares para invadir o território latino-americano (caracterizado pela prisão de dois agentes dos serviços secretos dos EUA durante o desembarque na Venezuela), que está derramando sangue na terra em nome do antiterrorismo, a invocação de protestos e a luta institucional pela paz e pela igualdade são suicídio. A Defesa Negra deve seguir os passos dos seus antecessores armados. A justiça popular não virá das condenações e do encarceramento dos assassinos fardados de Trump, mas da emancipação armada das comunidades oprimidas atacadas pelo terrorismo branco e da construção de comunidades de igualdade em revolta e solidariedade.
O incêndio ao ManpowerGroup é uma declaração prática de solidariedade com os e as camaradas do Movimento Revolucionário Abolicionista (“Revolutionary Abolition Movement”), pedindo à comunidade revolucionária internacional que tome medidas imediatas e inequívocas em solidariedade. A guerra que está sendo travada nas metrópoles e subúrbios americanos não será silenciada. Porque o fogo dos ataques em solidariedade revolucionária internacionalista está se espalhando pelos confins da terra. Camaradas, vocês têm o nosso total apreço e solidariedade com as facções em guerra do outro lado do Atlântico.
Todo o poder para a Revolta Negra
Revolução agora e sempre
Organização de Ação Anarquista
Fonte: https://athens.indymedia.org/post/1605880/
Tradução > Ananás
agência de notícias anarquistas-ana
Mais fria que a neve,
Sobre os meus cabelos brancos,
A lua de inverno.
Jôsô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!