Por que nós ocupamos?
Nós, mulheres e pessoas queers, feministas, vulneráveis, exiladas e marginalizadas em vários níveis, estamos ocupando um prédio em Estrasburgo que está abandonado há vários anos. Desde 27 de Fevereiro de 2020, La Pigeonne tornou-se um squat de habitação e organização numa mistura selecionada (sem homens cisgêneros).
Como mulheres e pessoas queers, somos alvo de violência física, sexual, econômica, social e administrativa. Sofremos mais pobreza e precarização. Exigimos o nosso direito incondicional de ter uma moradia. Achamos horrível estar na rua, carecer de cuidados ou de alimentos enquanto os ricos se esbanjam e continuam a enriquecer. A precariedade nunca foi uma escolha para ninguém. É o resultado de uma vontade política, organizada e reafirmada pelos dominantes para manter uma classe explorável. Nem as instituições nem os patrões querem a nossa autonomia. Pelo contrário, eles participam diariamente da nossa precarização.
Portanto, as nossas prioridades são de nos alojar, construir solidariedade entre nós, denunciar em conjunto uma sociedade patriarcal e um sistema econômico que sacrifica os mais vulneráveis. Para uma transformação social e para a emancipação de todas as mulheres e de todas as pessoas queers, preferimos as iniciativas feitas por nós e para nós.
Diante da incompetência do Estado, da violência das suas instituições e a sua repressão policial cada vez mais violenta e sistemática, queer fóbica e racista, estamos nos organizando. Estamos ocupando o espaço que nos está sendo negado.
La Pigeonne
Tradução > Estrela
agência de notícias anarquistas-ana
este papel de parede
ou ele se vai
ou eu me vou
Oscar Wilde
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!