Os partidos políticos e a classe política procuram sobreviver na crise atual, mas não faltam razões para que o povo desconfie por natureza daqueles que usaram uma aparência de democracia como cenário para o seu teatro militar. O Estado, sobre uma pirâmide de cadáveres, sempre tem como fim último a permanência no poder dos donos do país, mesmo que fosse necessário um massacre de pessoas desarmadas protestando por comida.
Enquanto eles brigam pelo maior prêmio, procurando entre si mesmos os supostos especialistas que dirigirão o país, o povo só vê um conflito entre patrões que, como sempre, esquecem as demandas do povo e escondem, nos bastidores, alianças entre esquerda e direita. O sorriso falso, a mão no peito, o otimismo televisivo, serão mostra do seu delírio, pois, apesar de sentir um certo alívio pela pausa que teve a explosão social pela crise sócio sanitária, sabem que, no fundo, ninguém os quer e que só seguem com um circo que não representa e que só defendem a propriedade privada dos poderosos.
Desde O’Higgins que o povo está esquecido, muito autoritarismo suportou o povo da região chilena, muito da sua história foi varrida para debaixo do tapete, mas ainda sobrevive ao desejo ardente de escrever o nosso próprio destino, de perfilar uma sociedade mais justa e sabemos que a chave não está no governo, mas sim nas energias da revolução social, a única que fará com que a dignidade se torne costume como lei esculpida em nossos corações.
Levantemos bandeiras negras a pouco tempo do aniversário desta nação nefasta, em nome de todas e todos os caídos nas suas garras! Fazemos um chamado para pendurar bandeiras negras durante o pronunciamento público de Piñera e oxalá mantê-las durante todo mês de setembro, como símbolo da ausência de Estado, de governo e de pátria, pois os pobres nunca tiveram pátria.
Sexta-feira, 31 de julho, a partir das 20:00 horas, bandeiras negras em todas as partes!
Saúde e Revolução Social.
Sindicato Ofícios Vários Santiago
agência de notícias anarquistas-ana
Laranjais em flor.
Ah! que perfume tenuíssimo…
Esperei por ti…
Fanny Dupré
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!