
Ante a emergência sanitária da pandemia, o Estado que pretende governar esta região chamada Chile se concentrou em militarizar os territórios com a desculpa de que milicos e pacos nas ruas “são necessários para prevenir os contágios de Covid”, enquanto que não fazem mais que procurar ter sob controle a população por meio do medo. Se vê com a medida de toque de recolher posta em prática desde quase três meses, que também foi implementada durante duas semanas em meio da revolta de outubro, nesse momento com a desculpa de “re-estabelecer a ordem pública”.
Tanto agora como no período de revolta se empregou grande contingente policial e militar contínuo em setores estratégicos que são as zonas mais empobrecidas, politizadas e mobilizadas. Zonas que são ameaçadoras ao poder, por seu possível levante popular ante as injustiças, desigualdades e violências com as quais o sistema capitalista nos golpeia dia a dia e que se tornaram ainda mais visíveis com a pandemia.
Colapsaram os hospitais aos quais recorre a classe obreira e com isso se evidenciou este precário sistema de saúde, os trabalhadores seguem mantendo o sistema econômico a custa de sua própria vida com nulas garantias laborais e salariais. Ao Estado não importa nossas vidas maltratadas e precarizadas, assim que não esperemos soluções provenientes dele. Se algo quiserem nos dar, serão só migalhas do bolo que a classe governante, policial e militar consomem a nossas custas.
Nos têm encerrados fora e dentro de nossas casas com a desculpa de resguardar a “cidadania”, quando nos deixam totalmente desprotegidos ante os milicos e os pacos que são a verdadeira ameaça para todos nós e que nos espreitam continuamente. Não é casualidade que no dia seguinte de noites de protesto, milicos e pacos estejam nas feiras de bairros com suas armas em punho fazendo presença, porque querem que saibamos que estão ali e que para qualquer mostra de rebeldia ante as injustiças e violências deste sistema capitalista, atuarão com a crueldade de sempre maltratando-nos e matando-nos a sangue frio se lhes dê vontade, como tem acontecido sempre em ditadura, democracia, revolta e agora na pandemia.
Não tenhamos nenhuma consideração com pacos e milicos, porque eles tampouco a terão conosco, sigamos organizando-nos territorialmente e geremos grupos de autodefesa para nos protegermos destes pistoleiros do Estado e do capitalismo.
A nós não nos cuida o Estado, os milicos nem a polícia.
Autodeterminação e autodefesa popular, fora milicos e pacos de nossos territórios.
Órgão Anarco Feminista
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Desde aquele dia
não movi as peças
no tabuleiro.
Jorge Luis Borges
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?