A resistência do Povo mapuche leva séculos, porque a “pacificação” bélica do Estado colonial e racista não teve descanso.
A História não mente quando nos mostra as torturas, genocídio, violações e desaparecimentos que se utilizaram desde a invasora chegada dos espanhóis ao território de Wallmapu (em seu infame denominado “descobrimento de América”). Puseram seus pés em nosso solo, e encima da cultura, cosmovisão, e vidas de milhares de mapuches que se posicionaram para defender suas terras e suas existências ante este avassalador exército ocidental, colonial, hierárquico e religioso. Impuseram suas tradições, seus dogmas, por meio de assassinatos, instaurando um regime de incertezas e caça contra o povo mapuche que já parece eterno, uma vez que a Guerra de Arauco se tecnologizou. Agora vemos grupos da mestiçagem yanacona sendo o braço servil da Direita fascista, que defende os interesses dos patrões violentando novamente o povo mapuche que segue em resistência pela liberdade de seus presos políticos, e pela liberdade de suas terras, sem intervenções de empresas transnacionais que explorem e depredem a natureza.
Essa mestiçagem que se crê superior desde o imaginário de uma “raça chilena superior” pela influência do sangue invasor, se levanta desde o mais puro racismo e da servidão voluntária às elites burguesas (como acontece com APRA) para converter-se em sua paramilícia organizada, protegida pelos dispositivos do Estado (a polícia e os milicos) para poder reunir-se, romper o toque de recolher, e exercer violência física e simbólica contra os mapuches que estão em pé de luta para poder manter suas vidas sem intervenção do colonialismo que segue tão vivo como antes.
Como OAF (Órgão Anarco Feminista) não só repudiamos a esta mestiçagem racista, mas também a toda a história ocidental que colonizou nossos corpos, identidades, desde o terrorismo de Estado, e a qualquer expressão deste fascismo yanacona do Sul, cúmplice da classe dominante. Todo nosso apoio, e nossa força aos grupos de resistência que seguem defendendo suas formas não capitalistas de existência e lutando por suas vidas.
Saúde e Anarco-Feminismo!
Órgão Anarco Feminista
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!