Mais de 90 dias após as greves de fome iniciadas pelo machi Celestino Córdova na prisão de Temuco e 8 presos na prisão de Angol, 30 dias depois de outros 11 presos mapuche da prisão de Lebu e cerca de 20 dias de greve na prisão de Temuco, onde se juntaram outros 7 líderes e membros ativos da causa mapuche, se multiplicaram em diferentes cidades do Chile e nos territórios do Wallmapu manifestações e ações em apoio às demandas que exigem esse grande número de presos, entre os quais se encontram autoridades ancestrais do povo mapuche, como um lonko e um machi.
Desde as diferentes prisões, a principal demanda é exigir a aplicação da Convenção 169 da OIT, assinada e ratificada pelo Chile, que em seus artigos assinala direitos básicos que devem ter em um contexto como este presos pertencentes a um povo originário, neste caso o mapuche, onde a concepção e a cosmovisão da vida são radicalmente diferentes da institucionalidade ocidental imposta.
Uma das coisas que a aplicação deste acordo poderia permitir é poder mudar o local onde os presos são mantidos, mudando sua medida de precaução para a prisão domiciliar em suas comunidades, ademais de permitir o desenvolvimento de sua vida espiritual dentro das instalações penitenciárias. Questões primordiais para aqueles que defendem a água e a terra e que foram acusados ou condenados em casos amplamente questionados do ponto de vista jurídico e legal.
A seguir, compartilhamos registros das últimas jornadas de agitação e protesto pela liberdade dos presos em greve de fome nas prisões de Lebu Angol e Temuco.
Marcha na cidade de Puerto Saavedra, Txaitxaiko Lewfu, território mapuche lafkenche.
Tomada da Prefeitura de Tirua.
Bloqueio de estrada em Curarrehue.
Valdivia: Comunidades mapuche tomam a sede da Corporação Nacional Indígena do Governo do Chile em apoio aos presos em greve de fome.
Na comuna de Teodoro Schmidth, as comunidades mapuche se manifestam na Ponte Pewlo, no rio Tolten, um local simbólico para as comunidades do território.
Bloqueio da estrada 5 sul, setor Metrenco.
Barricada no setor Ufro Temuco.
Em Traiguén, território Nagche, as comunidades mapuche bloquearam uma estrada em apoio ao machi Celestino Córdova e os Presos Políticos Mapuche.
Ayekan do lado de fora da segunda delegacia de Temuco, em apoio aos detidos na marcha frustrada por carabineiros quando se dirigia a prisão de Temuco.
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