Nossa é a convicção!
Indestrutíveis nossos desejos e infinitos os motivos e razões para continuar nesta guerra até a morte contra o Estado, a prisão e o capital.
Há vinte e um dias, acordamos para as notícias que chegavam em nossas caras. Mónica e Francisco foram presos. Desta vez, eles foram xs autores diretxs de vários ataques explosivos em Santiago no ano passado.
A ofensiva permanente do Estado através de seu aparelho repressivo, sua estrutura penitenciária legal e sua imprensa servil e comercial desenha a caricatura de nossxs irmãxs como os perfeitos culpados para quem se espera todo o rigor.
A decisão do poder é o castigo exemplar para servir como exemplo e para eliminar a prática insurrecional de resistência ofensiva como de ataque ao existente.
Nossxs companheirxs de hoje enfrentam uma luta difícil. O poder em bloco se movimenta fazendo uso de suas ferramentas, adiantando suas condenações.
Nossas palavras nascidas de uma longa resistência à permanência forçada no confinamento buscam apontar certezas e convicções.
Uma delas é a correção de nossas ações rebeldes e insurrecionais.
Outra é que a luta pela destruição da sociedade penitenciária é uma necessidade imperativa. De urgência vital nestes tempos de controle, repressão e morte.
O inimigo, espalhado por todo o território, age com seus capangas na rua e neste inevitável confronto hoje nossxs companheirxs aparecem como os alvos inevitáveis de todo o peso da lei enquanto se tornam parte deste contingente de companheirxs que navegam nesta paisagem sombria de confinamento em um contexto de conflito permanente e sem fim.
A guerra social torna-se senso comum e necessidade através da legitimidade da violência multiforme como uma prática libertadora de rebelião, mas também dá origem a presxs, fugitivxs, fugidxs e mortxs. Esta é a realidade do conflito.
O que não podemos esquecer: cada vez mais compas virão, caídxs, fugidxs, mas da mesma forma, haverá companheirxs na ofensiva, dando continuidade a esta luta pela liberdade, pela terra, contra o capital e tudo o que aquilo que nos impede de viver.
Desta cela onde meus pensamentos voam até as que hoje vocês habitam eu lhes abraço, companheirxs neste novo caminho que com certeza saberemos como transitar.
Mónica, Francisco e todxs xs presxs da guerra social, da Revolta e da libertação mapuche para a rua!
Enquanto houver miséria, haverá rebelião!
Marcelo Villarroel Sepulveda
Prisioneiro Libertário
Cas. Santiago do Chile.
14 de agosto de 2020
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
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Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!