Para o dia de agitação e propaganda solidária com Mónica Caballero e Francisco Solar (14 de agosto de 2020)
Assim como hoje, há 10 anos, o Estado chileno realizou uma ampla operação repressiva contra camaradas e anarquistas em resposta às dezenas de ataques contra os símbolos e instituições do Estado e do Capital. Esta operação levou à prisão dez anarquistas e ficou conhecida como o “Caso Bombas”, e terminou em um fiasco, os cinco camaradas que finalmente foram processados foram completamente absolvidos, e isto foi descrito pela imprensa como a maior derrota da acusação na história. Hoje, dois de nossos camaradas, Mónica e Francisco, que estavam entre os detidos na época, estão novamente presos em um Estado que há alguns meses estava sendo sacrificado por uma enorme revolta social que nos surpreendeu a todos.
A detenção e a prisão não são novidade para nossos irmãos, pois em 2013 foram levados para as celas pelo Estado espanhol acusados de um ataque a uma catedral em Zaragoza reivindicado pelo Comando Insurrecional Mateo Morral. Os camaradas são novamente acusados de uma série de ataques contra os representantes dos ricos, os poderosos e seus defensores em território chileno. Os ataques incluem o envio de duas bombas explosivas, uma das quais explodiu, numa delegacia deixando oito policiais feridos (três deles gravemente) em Santiago, e a outra é encontrada antes de chegar ao seu destino nas filiais de um dos maiores consórcios de empresas do Chile (de propriedade da quarta família mais rica da América Latina), tendo como alvo o chefe do departamento jurídico, que havia servido como Ministro da Defesa e do Interior durante a repressão aos anarquistas, conhecido como o “Caso Bombas”.
Após tantos anos de perseguição e prisão, lutas incansáveis dentro e fora das prisões, eles permanecem firmes e convencidos do direito de lutar pela libertação. São estes exemplos de combatentes que também me motivaram a tomar iniciativas subversivas e escolher a resistência à dominação e à exploração. Em tais caminhos de luta queremos e devemos caminhar constantemente com amor pela vida e pela liberdade e sem medo da morte ou da prisão.
Com a memória de Mauricio Morales intacta,
Com paixão e determinação,
Com teimosia e compromisso,
Com a cabeça erguida,
Do fundo do meu coração eu envio um sinal rebelde e um forte abraço a Mónica Caballero e Francisco Solar.
PRIMEIRO E SEMPRE A REBELIÃO!
Dinos Giagtzoglou
Subterrâneos da Penitenciária de Korydalos
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!