Manifesto lido esta manhã (18/09) no comício convocado por nosso sindicato, CGT.
O ano letivo acaba de começar e ainda assim já temos provas suficientes para qualificar a situação como alarmante. Desde o início da pandemia, o sindicato CGT, como segundo sindicato de representação de professores, vem denunciando (também nos tribunais) uma política errática, levada a cabo de qualquer maneira, que nunca levou em conta os diferentes agentes da comunidade educativa, principalmente as próprias escolas, que viram a organização da resposta a esta pandemia cair sobre seus ombros, um momento histórico sem precedentes recentes.
Era hora de fazer o resto, que o Governo de Aragão e, especificamente, o Departamento de Educação reconhecessem o valor da educação em nossa sociedade, investindo no setor público o quanto fosse necessário. Acabamos de sair de três meses de confinamento e estamos enfrentando pelo menos um curso totalmente anômalo, cheio de incertezas.
Especificamente, exigimos 5 pontos a serem corrigidos que são extremamente sérios, os mínimos para garantir a segurança de toda a comunidade educacional.
O fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (máscaras FFP2). Os professores foram incorporados em setembro sem nenhum meio de proteção. A ineficiência do Departamento tem que ser compensada pelo esforço econômico dos centros, pela generosidade das prefeituras e pelas contribuições dos próprios trabalhadores. Até hoje, o material fornecido não é suficiente, sua qualidade é desigual de acordo com as escolas e em outras nem sequer chegou.
A presença de pessoal de saúde nas escolas para garantir atenção imediata e para realizar o trabalho de detecção de forma eficaz. Os professores não receberam treinamento médico, a figura do coordenador da COVID do centro de saúde é insuficiente.
Com relação aos trabalhadores particularmente sensíveis, ou seja, trabalhadores com patologias anteriores ou condições de saúde específicas, tais como professores com doenças cardiovasculares, doenças pulmonares crônicas, diabetes, insuficiência renal crônica, imunossupressão, câncer na fase de tratamento ativo, doenças hepáticas crônicas graves e obesidade mórbida, sua proteção deve ser garantida e uma avaliação de risco deve ser realizada. A legislação está sendo violada, o Departamento de Educação está forçando estes Trabalhadores Particularmente Vulneráveis a entrar no local de trabalho até que a avaliação de risco seja realizada”.
Maior contratação de professores e turmas menores. O Ministério propôs proporções de 15 alunos por sala de aula, mas o Departamento de Educação os excede em muito, não cumprindo com seus próprios acordos. Contratou apenas 350 novos professores, um aumento irrisório considerando um quadro de pessoal de 15.000. Recebemos constantemente reclamações sobre saturação e falta de espaço, falta de cumprimento das proporções mínimas, nem mesmo os quartéis aprovados para a divisão foram construídos na sua totalidade.
E o mais importante, o cumprimento da Lei de Prevenção de Riscos Profissionais de 1995, que o Departamento de Educação nunca cumpriu e que em um momento crítico está sendo mais uma vez violado com total impunidade. Esta lei torna obrigatório avaliar os riscos de cada um dos trabalhos, assim como fornecer os equipamentos de proteção necessários, e cuidar especialmente da segurança dos trabalhadores que são especialmente sensíveis.
Mas há mais, no meio rural nós engolimos a imposição de regras que fazem uma varredura limpa, assim como o ensino semipresencial que significa um agravamento da qualidade da educação e pagará nossos alunos. Eles não levam em conta as peculiaridades dos Centros Agrupados Rurais com professores itinerantes nem os problemas de conexão à Internet que tornam o uso de meios telemáticos muito complicado em alguns vilarejos.
Eles não nos deixam espaço para negociação, passando por cima das cabeças do segundo sindicato que representa os professores, então somos forçados a convocar uma greve por responsabilidade.
Não estamos pedindo mais salário, nem para trabalhar menos, estamos pedindo garantias de segurança para toda a comunidade. É um apelo à administração para aplicar medidas eficientes e reais no campo da educação. Para que possa traduzir em realidade seu reiterado compromisso com a educação, e para que este compromisso não seja apenas uma promessa no papel para períodos eleitorais. Esta é uma greve para que a administração cumpra a lei. A Lei que nos diz respeito a todos, incluindo a Administração.
Hoje, 18 de setembro de 2020, os professores aragoneses são chamados à greve. Um dia em que, mais uma vez, a CGT escolheu o caminho da dignidade.
Diante da incompetência, das inconsequências e das mentiras, a CGT escolheu lutar pelos direitos e pela saúde de toda a comunidade educativa. A CGT escolheu oferecer a todos os professores aragoneses (como está acontecendo em outros territórios do Estado) a possibilidade de exercer seu direito constitucional de rejeitar, de forma clara e contundente, a inépcia da administração educacional aragonesa e, especialmente, de Felipe Faci.
Eles não nos facilitaram a vida. A manipulação da mídia e a tentativa de silenciar os professores foi seguida ontem pela publicação de alguns serviços mínimos excessivos cujo objetivo é, basicamente, impossibilitar o exercício de um direito que, insistimos, é básico na Constituição que eles afirmam defender tanto. O DA GREVE
Fonte: http://rojoynegro.info/articulo/acci%C3%B3n-sindical/la-huelga-ense%C3%B1anza-huesca
Tradução > Liberto
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!