Na última sexta-feira, 18 de setembro, 7 compas foram julgados no Tribunal de Toulouse por grafites, cartazes e estênceis feitos na noite de terça-feira (15/09). Todos eles foram condenados a 2 meses de prisão (sem possibilidade de liberdade condicional) na prisão de Seysses (ao sul de Toulouse).
Tratava-se de várias tags e cartazes contra a polícia, juízes, gendarmes, burgueses, o Estado e o patriarcado. Poderíamos ler, por exemplo: “O fogo mata o vírus, queime sua delegacia”, “não vamos salvar a economia, vamos destruí-la”, “com ou sem máscara, este mundo é irrespirável, vamos destruir o que nos sufoca”, “okupe sua prefeitura”, “melhor morrer livre do que viver em confinamento”, “a polícia mata, vamos confiná-la”, “ACAB, o pior vírus é a autoridade”… Um vizinho apresentou uma queixa e alguns minutos depois a polícia chegou e prendeu sete pessoas. Eles foram detidos por 48 horas e passaram uma noite sob custódia, acusados de:
– Degradações, com agravamento para agrupamento
– Identidade imaginária
– Recusa em dar suas impressões digitais e DNA
Na detenção, todos pediram o mesmo advogado, mas o promotor recusou sob o pretexto de “conflito de interesses”. Ninguém testemunhou e alguns deles recusaram as audiências. Durante a prisão, pelo menos uma pessoa teve seu DNA retirado de um copo de água. O advogado finalmente pôde levar o caso das 7 pessoas em “comparution immédiate” (julgamento acelerado que ocorre após a prisão). Havia três partes civis, a prefeitura de Toulouse e dois sindicatos de co-propriedade (entre eles a SOGEM).
Durante a audiência, as pessoas não responderam a nenhuma pergunta, mantiveram as identidades e simplesmente declararam que não reconheciam os fatos.
O promotor público solicitou uma sentença de grupo, pois era impossível individualizar as sentenças, com base no perfil de cada um. O promotor solicitou 3 meses de prisão com entrada imediata. Quando o juiz pronunciou a sentença de 2 meses, as pessoas presentes na sala e do lado de fora expressaram sua raiva e solidariedade. O juiz pediu a prisão de uma das pessoas por “atacar a imagem do magistrado”. Vários tentaram intervir e a polícia usou seu cassetete. A pessoa que eles queriam prender foi empurrada e caiu. Como resultado, ela foi encaminhada para o hospital e depois enviada diretamente para a delegacia.
Compartilharemos outras informações muito em breve.
NEM INOCENTES NEM CULPADOS! MORTE À JUSTIÇA E AO SEU MUNDO.
Exprimamos toda a nossa solidariedade!
(A)
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Noites sem cigarras –
qualquer coisa aconteceu
ao universo.
Serban Codrin
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!