Como anarcofeministas, seremos sempre críticas das estratégias da democracia representativa e este plebiscito não será diferente de todos os processos eleitorais anteriores. Acreditamos que tanto o anarquismo quanto o feminismo são moldados pela ação direta e pela organização autônoma. Nem os partidos feministas nem as constituições de paridade acabarão com nossas lutas. O sistema capitalista e patriarcal ainda está em vigor e nós ainda estamos aqui para confrontá-lo.
A refundação do Estado nunca será o horizonte a que nós anarquistas aspiramos, e é por isso que, diante de qualquer estratégia de poder para apaziguar nossa cólera, permaneceremos firmes na consolidação de organizações dispostas a construir novas relações sociais, relações onde o germe da hierarquia nunca se imporá nem para nos representar nem para nos suplantar. Nossas vozes em canções sem normas, nossas mãos em fazer coletivo e solidário, farão florescer uma e mil revoltas até que das ruínas brote o novo mundo, cheio de outros mundos para o abraço mais profundo à diversidade, à vida.
Hoje não se faz apenas um ano desde o estalido social, é também o aniversário da reinstalação do debate político na vida cotidiana, da organização territorial baseada na autonomia, na autogestão e na horizontalidade.
Circulo Anarcofeminista Ni Amas Ni Esclavas
18 de outubro de 2020
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
chuva fina
tarde esfria
todo o lago se arrepia
Alonso Alvarez
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!