[Chile] “Circulo Anarcofeminista Ni Amas Ni Esclavas” um ano após o estalido social

Como anarcofeministas, seremos sempre críticas das estratégias da democracia representativa e este plebiscito não será diferente de todos os processos eleitorais anteriores. Acreditamos que tanto o anarquismo quanto o feminismo são moldados pela ação direta e pela organização autônoma. Nem os partidos feministas nem as constituições de paridade acabarão com nossas lutas. O sistema capitalista e patriarcal ainda está em vigor e nós ainda estamos aqui para confrontá-lo.

A refundação do Estado nunca será o horizonte a que nós anarquistas aspiramos, e é por isso que, diante de qualquer estratégia de poder para apaziguar nossa cólera, permaneceremos firmes na consolidação de organizações dispostas a construir novas relações sociais, relações onde o germe da hierarquia nunca se imporá nem para nos representar nem para nos suplantar. Nossas vozes em canções sem normas, nossas mãos em fazer coletivo e solidário, farão florescer uma e mil revoltas até que das ruínas brote o novo mundo, cheio de outros mundos para o abraço mais profundo à diversidade, à vida.

Hoje não se faz apenas um ano desde o estalido social, é também o aniversário da reinstalação do debate político na vida cotidiana, da organização territorial baseada na autonomia, na autogestão e na horizontalidade.

Circulo Anarcofeminista Ni Amas Ni Esclavas

18 de outubro de 2020

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

chuva fina
tarde esfria
todo o lago se arrepia

Alonso Alvarez