O legado das ideias anarquistas nas Filipinas foi trazido pela primeira vez ao conhecimento do público global pelo livro de Benedict Anderson, Sob Três Bandeiras: Anarquismo e a Imaginação Anti-Colonial (Under Three Flags: Anarchism and the Anti-Colonial Imagination). O autor-ativista Bas Umali prova com evidências impressionantes que estas ideias ainda estão vivas num país que ele gostaria que fosse substituído por uma “confederação arquepelágica”.
Pangayaw e a Resistência de Descolonização: Anarquismo nas Filipinas é o primeiro livro especificamente sobre anarquismo nas Filipinas. Pangayaw refere-se às formas indígenas de guerra marítima. Bas Umali liga habilmente as formas tradicionais de vida comunitária no arquipélago que compõe o estado filipino e as expressões modernas de política anti-autoritária. Os ensaios de Umali são deliciosamente provocativos, não apenas para apologistas do sistema atual, mas também para radicais no Norte Global que muitas vezes se esquecem de que os seus modelos políticos não se ajustam necessariamente às realidades dos países pós-coloniais.
Ao tecer pesquisas independentes e experiências de organização de base, Umali esboça um caminho para a resistência no Sul Global que não depende do determinismo marxista e dos exércitos populares maoístas, mas da auto-capacitação das massas. O seu livro aborda as questões cruciais da libertação: quem são os agentes e quais são os meios?
Mais do que um estudo de caso estéril, Pangayaw e a Resistência de Descolonização é o início de um novo paradigma e uma leitura obrigatória para aqueles e aquelas interessadas em descolonização, anarquismo e movimentos sociais do Sul Global.
Elogio:
“Isabelo de los Reyes e Mariano Ponce: bons homens agora quase esquecidos até mesmo nas Filipinas, mas nós cruciais nas redes intercontinentais infinitamente complexas que caracterizam a Era Inicial da Globalização.”
— Benedict Anderson, autor de Sob Três Bandeiras: Anarquismo e a Imaginação Anti-Colonial
“Para estes anarquistas, embora possam vir de diferentes grupos de interesse, todos eles formam os mesmos princípios básicos do ‘verdadeiro’ anarquismo: que o anarquismo valoriza a capacidade do indivíduo de se organizar; que o anarquismo vê o papel do indivíduo como uma ferramenta que contribui para uma comunidade maior; que o anarquismo promove o apoio mútuo, ajudando diretamente qualquer pessoa em necessidade; e que o anarquismo se baseia na crença de que os humanos estão programados para procurar o bem comum, independentemente de uma figura de autoridade.”
— Portia Ladrido, CNN Filipinas
“O que mais me impressionou sobre o ensaio de Bas Umali sobre a ‘Confederação Arquipelágica’ é que, ao estabelecer uma alternativa anarquista para as Filipinas, Bas Umali criou uma síntese original do anarquismo comunitário de pessoas como Murray Bookchin e de formas tradicionais de organização comunal nas Filipinas, pioneiras no desenvolvimento de um anarquismo pós-colonialista, com base nas experiências vividas e compartilhadas das e dos despossuídos. Uma coleção dos seus escritos já vinha tarde.”
— Robert Graham, editor de Anarquismo: Um Documentário Histórico de Ideias Libertárias
“Bas Umali dá-nos uma explicação detalhada da luta descentralizada pela autonomia nas Filipinas. Ele oferece não apenas uma reconstrução da história, mas também um exemplo do que os anarquistas podem fazer para construir estruturas políticas alternativas. ‘Arquipélago’ é fértil.”
— Keisuke Narita, Irregular Rhythm Asylum, Tokyo
“O importante trabalho de reunir o vocabulário do socialismo libertário, a história regional do Maoísmo fracassado, a persistência da ação anticolonial indígena e o futuro potencial para uma federação descentralizada de conselhos de cidadãos nas Filipinas é feito magistralmente por Bas Umali. Este livro pertence a todos os kits de ferramentas anticapitalistas do sudeste asiático.”
— Mark Mason, analista da política interna e externa dos EUA
Sobre os Colaboradores:
Bas Umali é um organizador de longa data que mora em Manila. Esteve envolvido em infoshops digitais e físicos, iniciativas de educação móvel, campanhas da crise climática, programas de alívio de desastres naturais e em levar a tecnologia solar a comunidades marginalizadas. Umali ganha a vida como motorista de Uber, mas sonha em estabelecer-se no campo com a sua família.
Gabriel Kuhn é autor, tradutor e ativista sindical. Publicou amplamente em inglês e alemão. Os seus textos foram traduzidos para mais de uma dúzia de idiomas.
Pangayaw and Decolonizing Resistance: Anarchism in the Philippines
Autor: Bas Umali • Editor: Gabriel Kuhn
Editora: PM Press
ISBN: 9781629637945
Contagem de páginas: 128
$15.00
Tradução > Ananás
agência de notícias anarquistas-ana
na primavera
com os galhos entrelaçados—
árvores gêmeas
Geralda Caetano Gonçalves
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!