Nazismo no Brasil multiplica-se durante governo de Bolsonaro

Tomada de posse da nova governadora de Santa Catarina, aliada incondicional do presidente e filha de um adepto assumido de Hitler, acendeu o alerta. “Há um crescimento de 16% de movimentos desse tipo a cada trimestre”, revela a pesquisadora.

“O seu pai, como professor de História, pregava em sala de aula o negacionismo do Holocausto judeu, inclusivamente utilizando livros de uma editora que foi condenada por contar mentiras sobre a Segunda Guerra Mundial. Agora que a senhora é governadora de Santa Catarina, qual é a sua posição: corrobora essas ideias?” A pergunta é de um jornalista, na tomada de posse de Daniela Reinehr no dia 29 de outubro.

“Eu realmente não posso responder, ser julgada ou condenada por esse ou aquele pensamento. Eu respeito as pessoas, independentemente do seu pensamento, eu respeito os direitos individuais, e qualquer regime que vá contra o que eu acredite, eu repudio. Existe uma relação e uma convicção que me move a mim e a todos que se chama família. E cabe-me, como filha, manter a relação familiar em harmonia”, reagiu ela.

Uma pergunta direta de um jornalista e uma resposta cheia de curvas de uma governadora devolveram o tema do nazismo no Brasil, em especial no estado de Santa Catarina, ao noticiário.

Daniela Reinehr, incondicional de Jair Bolsonaro, acabara de substituir o governador Carlos Moisés, ex-aliado do presidente, afastado para responder a processo de impeachment. Moisés pertence ao PSL, partido com o qual Bolsonaro rompeu; Reinehr aguarda a formalização do Aliança Pelo Brasil, força criada em torno do presidente, para se alistar.

O terceiro protagonista desta história é o professor de José Altair Reinehr, o pai de Daniela, que publicou uma fotografia em frente à casa onde Adolf Hitler nasceu, em Braunau Am Inn, na Áustria, com uma legenda onde exaltava os 90% de apoio popular de que o ditador gozava, as rodovias construídas sob o seu consulado, a revitalização da indústria alemã, a criação de seis a sete milhões de empregos e a moralização dos serviços públicos.

Antes de Reinehr, outro professor do estado de Santa Catarina, Wandercy Pugliesi, foi notícia. Candidato nas municipais do próximo dia 15 a vereador na pequena cidade de Pomerode, é dono de uma propriedade em cuja piscina está pintada uma suástica gigantesca, conforme revelado em fotografia aérea.

A relação de Santa Catarina, estado colonizado por, entre outras comunidades, imigrantes alemães, com o nazismo existe ou não?

Para a antropóloga social da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Adriana Dias, que o estuda o nazismo no Brasil há 18 anos, “a ligação de Santa Catarina à Alemanha não pode ser considerada a única razão para essa relação”.

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Teruko Oda