Levará cinco semanas, cinco meses ou cinco anos para descobrir a verdade sobre o massacre na aldeia de Bounti? Uma coisa é certa: o ataque foi perpetrado ou pelo exército maliense ou pelo exército francês, que de fato era o responsável por ele. Este último é, portanto, diretamente responsável, ou pelo menos cúmplice, por este massacre de civis. Esta é mais uma prova do impasse que esta “guerra contra o terrorismo” em uma base imperialista constitui.
Lembrete dos fatos:
No domingo, 3 de janeiro, entre 14h30 e 15h00, a periferia da aldeia de Bounti, na região de Mopti, foi atingida três vezes, matando 19 homens reunidos para um casamento. Os testemunhos evocam um ataque de um helicóptero de combate.
Em 6 de janeiro, o exército francês promoveu um bombardeio no mesmo dia, ao mesmo tempo, a 1 km de Bounti, mas por um avião de combate, em um grupo supostamente jihadista.
Em 7 de janeiro, o Ministério da Defesa do Mali apenas confirmou a versão francesa.
A associação comunitária Peule Jeunesse Tabital Pulaaku apoia a versão dos aldeões. A etnia Peule é comumente agrupada com os jihadistas e é vítima de discriminação e abusos das Forças Armadas do Mali e das milícias paramilitares hostis. Juntamente com a Federação Internacional de Direitos Humanos, a Jeunesse Tabital Pulaaku está pedindo a abertura de uma investigação internacional independente.
Nos últimos sete anos, a Operação Barkhane tem acolhido a eliminação mensal de dezenas de jihadistas, em particular por bombardeios aéreos, sem nenhum objetivo militar específico, sem nenhum objetivo político declarável. Uma “guerra sem fim” com o risco de “erros” sangrentos do tipo Bounti.
Para a União Comunista Libertária, esta é mais uma prova de que o Estado francês deve pôr um fim à sua intervenção imperialista no Sahel, e deixar os povos da sub-região encontrarem sozinhos a solução política para este conflito.
União Comunista Libertária, 15 de janeiro de 2021
Fonte: https://www.unioncommunistelibertaire.org/?Massacre-de-Bounti-l-armee-francaise-doit-quitter-le-Mali
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Margeando riacho
Tenras folhinhas brotam
No campo queimado.
Mary Leiko Fukai Terada
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!