Em 18 de março de 150 anos atrás, nasceu a Comuna de Paris. Cinqüenta anos depois, em 18 de março de 1921, a Comuna de Kronstadt foi sangrentamente reprimida.
A revolta de Paris deu origem à primeira experiência importante de autogoverno popular. Os trabalhadores parisienses se levantaram e aboliram o exército permanente e os órgãos repressivos da ordem autoritária e hierárquica. As fábricas abandonadas pelos proprietários que haviam se refugiado em Versalhes, eram autogeridas pelos trabalhadores. O centro da tomada de decisões políticas eram as assembleias populares, qualquer mandato se tornava revogável. As mulheres foram protagonistas em pé de igualdade com os homens nos processos decisórios e na defesa armada. A repressão, liderada pelo chefe do governo de Versalhes Adoplhe Thiers, foi terrível, pelo menos 30.000 comuneros foram baleados, milhares foram deportados. Os prefeitos telegrafaram: “O chão está repleto de seus cadáveres. Este espetáculo terrível servirá como uma lição.
Em março de 1921, uma greve maciça paralisou Petrogrado. Os trabalhadores lutaram contra a militarização das fábricas, a burocratização, a centralização do poder político implementada pela liderança do partido bolchevique, contra o esvaziamento dos soviets como instrumento de autogoverno, reduzido a uma correia de transmissão do partido comunista. Os marinheiros de Kronstadt, que estavam entre os principais protagonistas da Revolução de outubro, se levantaram e declararam: “Todo poder aos soviets e não ao partido”. Mais uma vez, a repressão atingiu duramente os revolucionários, as tropas do Exército Vermelho lideradas por Lev Trotsky sufocaram com sangue as esperanças de um mundo de pessoas livres e iguais.
A memória das comunas de Paris e Kronstadt continua viva na luta!
Bebamos aos insurgentes de Paris e Kronstadt, e a todas as experiências revolucionárias de autogoverno e autogestão, da Espanha em 1936 aos conselhos de trabalhadores de Turim na década de 1920, dos camponeses da Ucrânia durante a revolução russa aos trabalhadores alemães na década de 1920, dos insurgentes de Budapeste em 1956 às experiências em Chiapas e no Curdistão. Onde quer que os explorados tenham lutado pela liberdade e igualdade, eles se deram suas próprias formas de autogestão, fora e contra o Estado e os patrões.
Viva a Revolução Social!
Viva a Anarquia!
Federação Anarquista de Turim – FAI
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Noite escura,
chuva fina esconde
a lua cheia.
Fabiano Vidal
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!