Para nos defender, para o apoio mútuo, a solidariedade e, ao mesmo tempo, para construir experiências autônomas.
Que funcionem da melhor maneira possível, que sejam ágeis. Que sejam assembleárias, que aguentem e sejam capazes de defender seus próprios critérios e compreender os outros. Que na primeira mudança elas não se dividam, que não se destruam a si mesmas. Que elas sejam generosas, que questionem tudo o que precisa ser questionado, especialmente o poder e as estruturas que o sustentam. Que respeitem outras formas de rebelião, e que apoiem o povo que luta e que mais sofre na medida de suas/nossa possibilidades.
Um ano após a pandemia, o estado de alarme que começamos com uma assembleia na Agora Juan Andrés, uma daquelas que não deveriam acontecer. Difícil, com sérias acusações entre camaradas. Mostrou um conflito a ser resolvido que só endureceu. Um ano depois, realizamos outra assembleia para organizar a campanha de apoio aos presos do 27F e o oposto aconteceu. Havia um desejo de se unir e responder por uma causa justa. Isto serve como exemplo e reconhecimento do esforço que o fez acontecer.
Um ano difícil, muito difícil, do qual saímos, no qual continuamos e parece que por muito tempo entre o espetáculo da política institucional e partidária, cada vez mais decepcionante, cada vez mais enganosa e falsa. Com promessas que nunca são cumpridas, exceto para defender os interesses do mercado e do Estado. Através de uma repressão que é exercida com mais força, pois há mais agitação e mais resposta. Uma vida diária para a maioria das pessoas na qual o apoio a si mesmo e aos seus entes queridos é mais complicado a cada dia. Em que somos obrigados a fazer parte da assistência social, como usuários incapazes de reagir e de nos defender, e aqueles que o fazem estão sujeitos a todo o peso da lei.
Devemos resistir, devemos resistir e lutar em todas as frentes, em todas as realidades. Não será através de uma única organização, não será através de uma forma de ver o mundo. A experiência mostra que quando uma luta cresce e se torna forte, não leva muito tempo para entrar em crise devido à soma de nossos erros mais a pressão externa ou assimilação do poder. Devemos ser capazes de funcionar sem cair em estresse ou depressão. A um bom ritmo, apoiando-se mutuamente, desde a autonomia e da responsabilidade.
Como coletivo, como pessoas, temos que olhar para nós mesmos, pensar sobre o que fazemos bem e o que fazemos mal. Fizemo-lo mais forçado pela realidade do que por nosso próprio desejo. Continuamos a nos sentir úteis, mais frágeis, mais humildes. Tentar fazer o que podemos e acrescentar ao que está ao nosso alcance. Sabendo que as coisas estão indo mal e que temos que fazer esforços que nos custarão cada vez mais. Somente com o apoio, o carinho e a força de mais pessoas seremos capazes de suportar e seguir em frente.
Apesar de tudo e de muitos, nos sentimos satisfeitos em continuar e nos reivindicar das práticas anarquistas e libertárias que contribuem um pouco para melhorar o mundo. Saúde e liberdade.
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!