“Como brasileira e descendente de algumas gerações de brasileiros, devo ter sangue do negro e do índio nas minhas veias. Eu me orgulho do sangue de Zumbi e exalto dentro de mim a epopeia da Confederação dos Tamoios.
Eu sinto, no mais profundo do meu ser, a beleza heroica da odisseia do negro fugido e olho com orgulho o penacho altivo do índio que preferiu morrer a ser escravo. Renego o sangue do bandeirante, capitão do mato, caçador de ouro e de escravos. Renego o sangue do “Moço Fidalgo da Casa Real” (…) Renego essa fidalguia de sangue e essa fidalguia de banditismo. Mas me orgulho da minha estirpe anônima, de meu pai abolicionista que morreu na mais completa pobreza, esquecido dos companheiros”.
— Maria Lacerda de Moura, em “A Legião Negra de São Paulo: Palmares” (1932).
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Sempre do mesmo lado,
O dia todo e a noite inteira,
O vento da montanha.
Paulo Franchetti
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!