Vaquinha virtual para a edição do livro “El último resistente de Madrid“
Biografia e antologia de Mauro Bajatierra Morán, padeiro anarquista, sindicalista, jornalista de ação, apelidado por Lucía Sánchez Saornil como “el último resistente de Madrid” em 1939.
Escrito pelo historiador e camarada Julián Vadillo Muñoz!
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Mauro Bajatierra Morán (Madrid, 1884-1939) foi uma figura-chave na compreensão do estabelecimento e desenvolvimento do movimento operário e libertário em Madrid no primeiro terço do século XX. Padeiro de profissão, sua habilidade e autoeducação o levaram a conhecer muitos idiomas e a colaborar desde cedo na imprensa, o que fez de Bajatierra um jornalista a serviço dos trabalhadores. Algumas delas estão incluídas nesta antologia.
Apesar de pertencer às sociedades de panificação da UGT, Bajatierra promoveu a criação do Ateneu Sindicalista de Madrid e do Centro de Estudos Sociais da capital da Espanha. Sua participação e seu testemunho são fundamentais para compreender o movimento operário na crise da Restauração. Militante da Maçonaria, Bajatierra foi acusado sem provas de ter participado da tentativa de assassinato contra o presidente do governo Eduardo Dato, mas foi absolvido dessas acusações. Ele escreveu a obra “Quem matou Dato?”, incluída neste livro.
Durante a ditadura de Primo de Rivera, seu trabalho foi fundamental nos contatos que a oposição republicana teve com o movimento anarquista, sendo um dos fundadores da FAI, a Federação Anarquista Ibérica, em 1927. Crítico das medidas do governo republicano-socialista desenvolvidas a partir de 1931, o anarquista madrilenho sempre foi a favor da aliança revolucionária entre a CNT e a UGT, participando também com sua caneta em numerosos jornais da época.
A Guerra Civil foi o epítome de sua carreira. Correspondente de guerra do jornal CNT, suas crônicas estavam entre as mais famosas da época.
As atividades de Bajatierra também estavam centradas na literatura, sendo autor de numerosos romances curtos, contos infantis e peças de teatro, alguns dos quais alcançaram grande fama na época.
Seu assassinato em 28 de março de 1939 em Madri, às portas de sua casa, fez de Bajatierra uma das primeiras vítimas do fascismo na capital da Espanha. E como Lucía Sánchez Saornil o apelidou de: “El ultimo resistente de Madrid”.
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Tradução > Liberto
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