Há alguns meses, relatamos um ataque fascista contra a livraria libertária La Plume Noir, em Lyon. Coletivos nazistas e fascistas da cidade vêm assediando a cena libertária e antifascista local há anos. Por esta razão, foram realizados comícios antifascistas em resposta a este ataque. Entretanto, o confinamento devido à pandemia impediu um desenvolvimento normal do ato e o protesto foi manchado e molestado pela polícia de choque desde o primeiro minuto. Mais tarde, os fascistas atacaram a livraria novamente com impunidade.
Como resultado, a Union Communiste Libertaire (União Comunista Libertária) convocou outra manifestação antifascista para 2 de abril. Entretanto, a prefeitura de Lyon proibiu expressamente esta manifestação, mais uma vez citando o “contexto sanitário”.
Em 29 de maio, os coletivos libertários voltaram à briga e convocaram outra manifestação antifascista. Acontece que a livraria Plume Noire fica no mesmo bairro que a CNT, a PCF, a Rádio Canut, o centro LGTBI e várias associações. Os ataques fascistas têm sido numerosos este ano e o movimento antifascista local lista os seguintes exemplos:
• 7 de março de 2021 : cerca de 40 fascistas armados, posicionaram-se provocatoriamente diante das instalações da Génération Identitaire com o objetivo de atacar a manifestação feminista de 8 de março.
• 20 de março de 2021 : cerca de 50 fascistas armados atacaram as janelas da “La Plume Noire” justamente quando uma coleta solidária de alimentos estava sendo realizada no distrito de Croix-Rousse.
• 24 de abril de 2021 : cerca de 60 fascistas armados atacaram e tentaram cancelar, sem sucesso, uma reunião de orgulho lésbico em frente ao Hôtel de Ville (prefeitura).
• 1º de maio: cerca de trinta fascistas tentaram entrar nas instalações da Rádio Canut, ao lado da Place Sathonay.
Podemos ver que a pressão contra todos os coletivos sociais e de esquerda é constante, submetendo-os a uma atmosfera de terror. Aqui (unioncommunistelibertaire.org) você pode ver o comunicado assinado por muitas entidades locais.
Assim, no dia 29 passado aconteceu a manifestação, que foi totalmente apoiada por todo o movimento, que chamou seus próprios blocos (como fez o movimento LGTBI).
A manifestação foi muito numerosa, como mostram os vídeos e fotos do protesto postados nas redes sociais.
A manifestação atravessou o bairro, parando nos pontos que sofreram os últimos ataques e terminou em frente à prefeitura.
Fonte: http://alasbarricadas.org/noticias/node/45885
Tradução > Liberto
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!