No sábado, 15 de maio, da CNT-AIT, tornamos público o início de uma campanha que visa alcançar a liberdade de Gabriel Pombo da Silva, um companheiro anarquista que está preso há mais de 30 anos. Sua história de prisão e sua atual situação penitenciária e legal deveriam ser uma fonte de vergonha para qualquer pessoa com um mínimo de decência. O que o aparelho estatal está fazendo com ele, mesmo de um ponto de vista estritamente legal, deveria fazer manchetes. Ciente desta situação e como resultado dos laços que os companheiros desta organização teceram com Gabriel anos atrás, a CNT-AIT assumiu um compromisso: apoiá-lo em tudo o que ele precisa e trabalhar para vê-lo de volta às ruas.
Decidimos iniciar a campanha com uma coletiva de imprensa porque consideramos, como bem aponta seu advogado, que a situação de Gabriel deve transcender como uma demonstração do que o Estado é capaz de fazer para silenciar e quebrar uma pessoa que teve que sofrer todos os abusos e torturas que vêm ocorrendo nas prisões espanholas há décadas. A documentação é abundante e convincente, e é exatamente isso que queríamos que a coletiva de imprensa mostrasse. Se você ainda não o fez, recomendamos vivamente que você o observe em sua totalidade, isso não deixará ninguém indiferente.
Desde que a coletiva de imprensa foi realizada e gravada, os dias têm sido agitados. Levando a campanha para as ruas, com toda a propaganda impressa, começando pela divulgação através de redes sociais e mensagens, transmitindo a coletiva de imprensa no YouTube para que todos pudessem vê-la, comunicando as ligações e eventos que tínhamos preparado para esta primeira semana da campanha e em geral, informando quem é Gabriel e em que situação ele se encontra. Tivemos até tempo para responder aos ataques que as contas da CNT-AIT sofreram nas redes sociais também durante a campanha de apoio ao companheiro preso. Sem palavras.
Assim, na quinta-feira 20 começamos um longo final de semana com a apresentação da campanha em Madrid, que contou com a presença de Elisa, companheira de Gabriel. No dia seguinte, os dois primeiros comícios aconteceram em Alicante e Granada, ambos em frente à subdelegação governamental dessas mesmas cidades.
No sábado de manhã foram os companheiros de Toledo que saíram para a Plaza de Zocodover para exigir a liberdade de Gabriel.
Encerramos esta primeira semana de divulgação com as chamadas em Barcelona e Madrid. O primeiro foi da Plaza Urquinaona diante do edifício da subdelegação governamental, enquanto o de Madrid foi realizado em frente às portas da Secretaria Geral das Instituições Penitenciárias.
Durante os primeiros dias da segunda semana, recuperamos o fôlego depois de um início atarefado e preparamos as próximas etapas da agenda da campanha. Entretanto, foram realizadas mais duas reuniões, uma delas fora desta campanha, mas que ficamos muito felizes em saber. Por um lado, os companheiros da CNT-AIT Albacete se reuniram em frente aos tribunais de sua cidade. A polícia, apesar do fato de o comício ter sido comunicado, tirou fotos e identificou todos, até mesmo pedindo seus números de telefone.
Nesse mesmo sábado 29, a Biblioteca Okupada Anarquista Carnaval y Barbarie, localizada em Vallekas (Madrid), organizou uma conversa-debate com a presença de Elisa.
Também queremos agradecer aos companheiros da Assemblea Popular d’Elda i Petrer, do Moviment ProAmnistia de Barcelona e da Plataforma Antirrepressiva de Granada por todo o apoio que nos deram nestes dias, espalhando a palavra e participando das reuniões. E, claro, estendemos nossa gratidão a todas as pessoas, coletivos e organizações que contribuíram com seu grão de areia durante estas semanas.
Mas isto só está começando. O objetivo dessas semanas era aumentar a conscientização da campanha e lançar alguma luz sobre a situação de Gabriel. É claro que ainda há muito a fazer a esse respeito, e temos que manter a pressão para que todos esses abusos sejam trazidos à tona e o Estado seja forçado a ceder e aplicar o que, de outra forma, são apenas suas próprias leis.
A única coisa que importa agora é recuperar a liberdade de Gabriel. É necessário que todos nós (tanto de fora como de dentro da organização) somemos, contribuamos com ideias, propostas e ações. E à mídia, ou pelo menos àqueles com um mínimo de decência, pedimos mais uma vez que divulguem a situação de Gabriel, que lembramos, está fora de qualquer legalidade e que envergonhem todos aqueles bons democratas que enchem a boca falando de “Estado de direito”.
O novo mundo que carregamos em nossos corações nasce da solidariedade e depende de nossa capacidade de defendê-lo unido.
Viva a anarquia!
Fonte: https://www.cnt-ait.org/valoracion-inicio-de-campana-pombo/
Tradução > Liberto
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Muita brisa à noite.
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perfumes e flores.
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Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!