A quatro anos do assassinato de Santiago Maldonado seguimos reivindicando nosso companheiro.
Porque a memória anárquica é ação, fazemos um chamado a recordar do Lechu enfatizando nos ideais e perspectivas de nosso companheiro.
Não nos esquecemos que Santiago foi abatido por agentes repressores do Estado em uma barricada no Puelmapu (território Mapuche localizado a leste dos Andes), como tampouco nos esquecemos da usurpação que setores reformistas e que sustentam esta sociedade fizeram de sua morte, usando seu olhar e seu corpo para suas jogadas políticas.
Por isso:
– Este ano propomos NÃO utilizar a imagem física de Santiago nas propagandas, mas suas canções, ideias e práticas, combatendo assim o esvaziamento e a imagem deslavada que foi levantada pelo poder.
– Porque sabemos que o Lechu lutava pela terra e contra o capital, propomos acentuar uma memória multiforme, que inevitavelmente nos leva a recordar de outrxs companheirxs caídxs nestas mesmas lutas. Assim, a seis meses do assassinato de Baucis por parte de capangas em plena recuperação de terra Mapuche, fazemos um chamado para que Bau esteja presente nas ações que façamos adiante.
– Propomos uma memória de ação que assuma que os inimigos estão por todos os lados, o que amplia nossa capacidade de ataque. Podemos ser criativxs atacando, não nos esqueçamos.
Por uma memória anarquista, multiplicar a propaganda e as ações.
Nenhumx companheirx está esquecidx.
A nossxs compas nas masmorras do poder no $hile, saibam que estão conosco em cada ação.
Julho, 2021.
Maus Aires, Território (ainda) dominado pelo Estado Argentino.
Tradução > Caninana
Conteúdos relacionados:
agência de notícias anarquistas-ana
Na tarde de neve
Passa desaparecendo
Um só guarda-chuva.
Yaha
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!