[Espanha] Liberdade imediata para os prisioneiros em luta de Eloxochitlán de Flores Magón e Fidencio Aldama no México

A Confederação Geral do Trabalho adere ao apelo internacional para a libertação imediata dos presos políticos de Eloxochitlán de Flores Magón e Fidencio Aldama.

Desde o final de junho, um grupo de prisioneiros políticos de Eloxochitlan de Flores Magón vem se unindo à greve de fome iniciada por Argelia Betanzos Zepeda, filha de Jaime Betanzos Fuentes. Argelia, uma mulher Mazatec, está em greve de fome em frente ao Conselho Judiciário Federal na Cidade do México desde 27 de maio.

O companheiro Jaime Betanzos é um dos presos sequestrados pelo Estado desde 14 de dezembro de 2014 acusado de participar do assassinato de Manuel Zepeda, irmão da deputada local do Estado de Zepeda, Elisa Zepeda Lagunas. O companheiro Jaime é mantido refém há mais de 7 anos pelo Estado mexicano junto com outros seis detentos falsamente acusados de assassinato, com 18 apelos a seu favor que os ilibam da responsabilidade pelo assassinato. Atualmente, cinco das sete pessoas presas pelo assassinato de Manuel Zepeda continuam sendo reféns do Estado, apesar das resoluções de inocência.

Também acontece que o companheiro Jaime foi inicialmente acusado de homicídio agravado, mas foi absolvido, quando ele, Herminio Monfil e Fernando Gavito foram libertados em 1º de março de 2019. Ele foi colocado novamente na prisão e agora são acusados de tentativa de homicídio contra a deputada Elisa Zepeda Lagunas.

Por todas essas razões, a companheira Argélia exige a libertação imediata de seu pai, Jaime Betanzos Fuentes, e seus dois companheiros injustamente presos, Herminio Monfil Avendaño e Fernando Gavito Martínez. Os dois últimos aguardavam atualmente a resolução da revisão do amparo que havia sido processada na Segunda Corte Colegiada da Décima Terceira Vara em Oaxaca.

Além disso, a greve de fome de Argelia também mostra solidariedade com os presos Alfredo Bolaños Pacheco, Isaías Gallardo Álvarez, Francisco Durán e Omar Hugo Morales Álvarez, exigindo sua libertação imediata e atenção imediata a todos os recursos interpostos. Desta forma, considera necessário exigir que o Conselho Federal da Justiça e o Conselho Judiciário de Oaxaca reconheçam imediatamente as graves violações cometidas pelo Quarto Juiz Distrital de Oaxaca, Pedro Guerrero Trejo, e pelos magistrados da Segunda Câmara do Tribunal Superior de Justiça de Oaxaca, bem como pelos magistrados das Câmaras que continuam a atrasar sistemática e injustamente e a emitir resoluções ilegais contra os presos políticos de Eloxochitlán de Flores Magón.

Da CGT nos juntamos à exigência ao Congresso de Oaxaca de pôr um fim ao conflito de interesses que vem do fato de a Congressista Elisa Zepeda ser a presidente da Comissão de Procuração e Administração da Justiça, ou seja, aquela que coloca e retira do cargo aqueles que acusam os prisioneiros retaliados, os Magistrados do Tribunal Superior de Justiça do Estado de Oaxaca. Finalmente, a denúncia pública de Argélia aponta tanto para a conivência do partido MORENA quanto para o próprio Presidente do Governo.

O preso político Fidencio Aldama também aderiu à greve de fome. Fidencio Aldama é um Yaqui indígena e um ativista feroz pelos direitos de seu povo. Em 21 de outubro de 2016, enquanto os membros da comunidade se reuniam em assembleia, um grupo armado entrou em Loma de Bácum com a intenção de derrubar as autoridades tradicionais da comunidade e impor outras autoridades em favor da construção de um gasoduto. Este ataque deixou um morto, vários feridos e doze veículos queimados. O Yaqui Fidencio Aldama foi injustamente sequestrado pelo Estado mexicano desde 27 de outubro de 2016, falsamente implicado em sua morte enquanto lutava contra a imposição do gasoduto Sempra Energy no território tradicional Yaqui da cidade de Loma Bácum, em Sonora.

Não podemos terminar esta denúncia sem mencionar a perseguição política que os companheiros deslocados que são perseguidos por buscar a autodeterminação em Eloxochitlan de Flores Magón, em Oaxaca, continuam sofrendo. Há sete anos, a Assembleia Comunal Flores Magón vem defendendo Artemio Vidauria, Lucio Carraro, Jaime Vidauria, Genaro, Ranulfo e Jorge Betanzos, membros da comunidade que foram deslocados devido à perseguição da família Zepeda.

“Um dia a mais é um dia a menos”

Liberdade a todos os presos!

Fonte: https://cgt.org.es/libertad-inmediata-para-los-presos-en-lucha-de-eloxochitlan-de-flores-magon-y-a-fidencio-aldama-en-mexico/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Cai da folha
a gota d’água. Lá longe,
o oceano aguarda.

Yeda Prates Bernis