Yoan de la Cruz é um jovem de 26 anos de idade, nascido e criado na pequena cidade de San Antonio de los Baños e entre seus pares, um amado e conhecido ativista da comunidade LGBTIQ em sua cidade. Ele é um trabalhador autônomo sério, sem explorar o trabalho de outras pessoas, associado com a empresa estatal ETECSA. Não há nada em sua formação que o ligue ao mercenarismo em favor de interesses contrários aos do Estado de seu país.
Uma de suas paixões é viver em seu bairro, sua vida cotidiana e sentir-se parte dele. Como parte deste impulso pessoal, ele se sentiu moralmente obrigado a contar a sua rede de amigos no facebook o que aconteceu e o que ele experimentou com seu povo em 11 de julho em sua cidade de San Antonio. Quase sem saber, Yoan seria uma das primeiras pessoas a dar a conhecer, diretamente, imagens do dia e do lugar que mudou a percepção do que estava acontecendo em San Antonio e, mais tarde, em muitas outras partes de Cuba.
Yoan apenas documentou uma realidade, ele não a produziu, nem a instigou. Pela ativação e conscientização de um mar de pessoas, não é possível responsabilizá-lo por isso. Uma delas é parte ou não do sentimento de decepção, raiva e desesperança de milhões de pessoas em nosso país.
Acusar Yoan de instigar os acontecimentos de 11 de julho em Cuba é como culpar uma pedra pelo transbordamento de um rio. É algo que só se encaixa na mentalidade de um opressor que não vê a vida, mas vidas como objetos controláveis.
A única responsabilidade de Yoan é amar seu povo, sentir-se parte dele e ter orgulho dele. Essa responsabilidade não merece nem requer nenhum processo criminal. E se assim fosse, as leis de nosso país estão erradas e não Yoan e centenas de jovens que se encontram na mesma situação em toda Cuba.
LIBERDADE PARA YOAN E TODXS XS OUTRXS IRMÃXS! CUBA BATE EM SEU POVO E NÃO EM SEUS REPRESSORES!
Tradução > Liberto
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Sob a lua
a sombra que se alonga
é uma só.
Jorge Luis Borges
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!